Termina a conferência!

«Gosto muito deles. Mas peço desculpa, amanhã é o 'mata-mata', temos de ganhar»

Começou a seguir mais o futebol esloveno depois do jogo em março?

"Sei o quão difícil é um selecionador orientar uma equipa durante 100 jogos. A Eslovénia joga como um clube e não como uma seleção, conhecem o sistema perfeitamente bem e mostram isso em campo. O que fizeram até agora foi memorável e é muito bom jogarmos contra eles, gosto muito deles. Mas peço desculpa, amanhã é o 'mata-mata', temos de ganhar".

«Rafael Leão? Fiquei muito impressionado, deu-nos muito nos dois primeiros jogos»

Rafael Leão vai ser titular? Qual é o segredo para fazer com que ele jogue bem e mostre o seu melhor nível?

"É informador da Eslovénia? Quer saber o 11? (risos) É nossa responsabilidade colocar o Rafael nas melhores posições, dar-lhe espaço para que possa colocar o seu futebol em prática. Mas fiquei muito impressionado, deu-nos muito nos dois primeiros jogos, principalmente com a Turquia. Tem sido muito consistente, está a dar o seu melhor e tem treinado muito bem. O talento que tem é essencial para nós e faz com que sejamos melhores".

«O Europeu já mostrou que os jogos são decididos nos detalhes»

Itália foi eliminada, Inglaterra está a perder, Portugal também perdeu com a Geórgia... Como convence a equipa de que Portugal é superior?

"Uma coisa é fazer jogos particulares, outro é jogar um jogo quando já és o 1.º do grupo. A partir daqui é tentarmos estar no nosso melhor nível. O Europeu já mostrou que os jogos são decididos nos detalhes. Neste caso, o que se passou em outros jogos não é importante".

«Precisamos de ter a lição do jogo da Geórgia bem estudada»

Sente que depois das experiências que fez e da derrota com a Geórgia, há maior desconfiança em relação a si? O que espera da arbitragem?

"Acho que no balneário não. No balneário avaliamos o jogo. É a primeira vez na história de Portugal onde há três jogadores sub-23 no 11. O jogo com a Geórgia foi importante. O resultado não foi o que queríamos, mas é preciso olhar para trás e avaliar o jogo como uma equipa que tem seis pontos e foi a 1.ª do grupo. É importante olharmos para a frente. Precisamos de ter a lição do jogo da Geórgia bem estudada. A lição é clara: o importante é o que podemos fazer, não é o adversário. Se não tivermos a mesma intensidade, a mesma necessidade de ganhar, torna-se muito difícil. Arbitragem? É um árbitro top, um dos melhores árbitros do futebol europeu. Estamos tranquilos".

«Não precisam de muitos toques ou posse para criar perigo»

Eslovénia é a equipa com menos posse de bola do torneio. Como se ultrapassa uma equipa assim?

"É uma equipa que gosta de jogar sem bola e nós precisamos de defender bem. Há momentos-chave que são muito rápidos. Eles não precisam de muitos toques ou posse para criar perigo. Sesko e Sporar têm um remate fácil, se marcarem o jogo torna-se mais difícil. Depois é utilizar as nossas ligações, controlar o momento, os sentimentos, desfrutar, mostrar o talento individual. É aí que somos fortes. Mas claro, sempre com a ideia de que a Eslovénia é muito forte defensivamente e precisamos de ter paciência. Não podemos querer marcar golos sem jogar bem. E quando digo jogar bem, é manter a baliza a zero".

«Gostaria que amanhã houvesse uma boa resposta»

Qual o detalhe que gostava que a sua Seleção aproveitasse a partir de agora?

"É difícil porque gosto do jogo perfeito e o jogo perfeito não existe. Queremos marcar muitos golos, manter a baliza a zeros, controlar o jogo. Mas gostaria de continuar a fazer o que vi durante os primeiros jogos, com duas vitórias e um jogo que não gostámos tanto, que foi a capacidade de trabalho dos jogadores. Somos uma equipa muito comprometida e, depois, claro que precisamos de melhorar em muitos aspetos. Temos de melhorar o que fizemos bem. A responsabilidade do grupo foi muito boa depois da derrota com a Geórgia e gostaria que amanhã houvesse uma boa resposta".

«A Eslovénia é uma equipa que acredita e é muito competitiva»

Eslovénia vai ser diferente do que foi na fase de grupos? E relativamente ao particular de março?

"Vai ser um jogo diferente, não vai ser um particular. Será um momento histórico para o futebol na Eslovénia, os primeiros oitavos-de-final de um Europeu. É um jogo competitivo, mas a essência deles é a mesma. Admiramos muito o que o treinador está a fazer, têm uma seleção que joga como um clube, têm uma sincronização defensiva muito forte, ajudam-se muito uns aos outros, passam tempo sem bola mas depois são muito perigosos. Sesko e Sporar têm uma ligação muito boa. E, claro, mantêm a baliza a zero. Contra a Inglaterra não sofreram, depois só sofreram num pontapé de canto nos últimos minutos. Para nós é um desafio fantástico, ver o que podemos fazer em bola corrida. A Eslovénia é uma equipa que acredita e é muito competitiva".

«Melhor seleção do Euro? Gostaria de responder à pergunta no dia 15 de julho»

Qual a seleção mais forte deste Europeu até ao momento?

"Podemos falar da fase de grupos. Acho que o torneio começa agora. Olhando para trás, só há uma equipa que ganhou três jogos, a Espanha. Depois há outras que ganharam dois, que tiveram bons momentos. Acho que este não é o momento de valorizar as seleções, é o ponto de partida. Portugal está fresco, estamos preparados. Gostaria de responder à pergunta no dia 15 de julho".

«Todas as equipas aqui têm personalidade, querem ganhar, acreditam que o podem fazer»

Inglaterra está a perder com a Eslováquia. O que isto lhe diz?

"Mostra o nível dos jogos no Europeu. Ontem, também houve um minuto chave no jogo entre Alemanha e Dinamarca. Conhecemos a Eslováquia muito bem, são muito bem organizados. Vi os primeiros minutos do jogo com a Inglaterra. Todas as equipas aqui têm personalidade, querem ganhar, acreditam que o podem fazer. Isso faz com que os jogos sejam decididos em pequenos detalhes. Com a Eslovénia é o mesmo. Conhecemos bem a equipa. São muito bem organizados, competitivos e precisamos de estar ao melhor nível".

«A nacionalidade do treinador não é importante»

Só há um selecionador que conseguiu ganhar uma grande competição sem ter a mesma nacionalidade da seleção que treina. Por que razão há dificuldade disso acontecer?

"Ao fim de três jogos, a equipa está preparada. Tivemos uma fase de preparação, a fase competitiva, e amanhã começa um torneio diferente. O 'mata-mata' é isto. Precisámos de dar a volta ao marcador em jogos, os jogadores de campo já se estrearam, e a estreia num Europeu não é fácil. Agora estamos preparados para jogar amanhã. A nacionalidade do treinador não é importante".

«Acreditamos na UEFA para termos o melhor relvado possível»

Preparação para o jogo... É o quinto jogo neste relvado...

"O relvado é o que é. Acreditamos na UEFA para termos o melhor relvado possível. A Eslovénia e nós precisamos disso para dar o melhor jogo aos adeptos".

Roberto Martínez fala aos jornalistas

O selecionador nacional Roberto Martínez fez este domingo, depois de Bruno Fernandes, a antevisão ao Portugal-Eslovénia dos oitavos-de-final do Euro'2024, marcado para amanhã, segunda-feira, pelas 20 horas, em Frankfurt.