Fernando Santos: «Já pedi desculpa ao Tiago Djaló porque era ele que deveria ter entrado»

• Foto: Reuters

O selecionador nacional Fernando Santos mostrou-se satisfeito pela vitória portuguesa na República Checa (0-4) selada com golos de Dalot (2), Bruno Fernandes e Jota, revelando um pedido de desculpas a Tiago Djaló.

"Tentei refrescar também e fazer alguma gestão em relação aos cartões amarelos, o que é normal. O jogo a partir daí correu um bocadinho aos solavancos. Foi de tal maneira que até a mim me aconteceu. Estava para fazer a substituição do João Mário e era para sair o Rúben Neves para o poupar também um bocado em relação ao jogo. De repente, o Danilo fez-me sinal que estava ali com um toquezito. Tinha-o ao pé de mim e nem me lembrei de nada. Já lhe pedi. É coisa que nunca faço. Já pedi desculpa ao Djaló porque era ele que deveria ter entrado. Tenho absoluta confiança no [Tiago] Djaló mas naquele momento estava ali e o que me lembrei é que vem o Palhinha para trás e tu [João Mário] vais para a direita. Foi o que disse ao João Mário. Até nós próprios, às vezes, isto é tão rápido que depois acontece", frisou em declarações à RTP, tendo enaltecido antes o desempenho luso na primeira parte.

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"A primeira parte foi competentíssima, não perfeito. Foi talvez dos jogos mais seguros da equipa portuguesa. Já fizemos muitos jogos assim mas este teve muito controlo em todos os momentos do jogo, com exceção das bolas paradas defensivas. Nos cantos voltámos a cometer um ou outra perda de foco desnecessária. Tínhamos trabalhado esta semana muito esta aspeto que acho que é um dos aspectos que a equipa portuguesa sempre foi muito forte mas não tem estado tão bem. Acontece. Há que continuar a trabalhar e retificar. Tudo aquilo que são os processos de jogo, a defender e a atacar, perante uma equipa que é forte… Depois do jogo até parece que não. Entraram muito fortes e até criaram ali uma situação de perigo. É uma equipa muito possante, que empurra muito com muitos jogadores. Portugal esteve em altíssima qualidade a todos os níveis, circulação, posse e objetividade. A partir do 3º golo, o jogo abrandou um pouco e é normal. Os treinadores não querem que seja assim mas obviamente que temos de continuar. Temos de melhorar isso, na segunda parte perdemos o foco na segurança da bola. Temos de continuar à procura do golo. Fizemo-lo mas já muito à pressa", sintetizou.

Utilização de Mário Rui

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"Não procurei nada [com a alteração]. Achei que para o tipo de adversário que iríamos defrontar, o Mário Rui cumpria na perfeição. Rotação para Espanha? Não tem a ver com isso e não quer dizer que não haja. Não podemos dizer que temos muita qualidade nos jogadores e chegando ao jogo, se entrar o jogador A já é uma coisa… Não é? Há outra coisa. Não sei se estamos todos atentos aquilo que os jogadores fazem. Eu estou, eu e a minha equipa técnica. Eu sei o que estes jogadores estão a fazer nos campeonatos deles. É como o Djaló, que é titular indiscutível do Lille, tal como o Mário Rui [no Nápoles]."

Por Flávio Miguel Silva
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