Polivalência é palavra de ordem

Em Budapeste, Portugal jogou praticamente só com um central. Vai mudar a abordagem?

"Acho que o que é importante é o aspeto da polivalência. Há jogadores que conseguem jogar em muitas posições. Ruben Neves já jogou a central. Temos jogadores que podem jogar a centrais, já fizemos com o Palhinha. Temos o Matheus Nunes que consegue jogar a lateral. A função é sempre ter uma linha defensiva boa e uma reação boa. Não é a posição, é a atitude do jogador na posição".

E termina a conferência

«A Hungria tem uma sincronização incrível, parece um clube»

"Espero um jogo similar. O selecionador fez um bom trabalho. A Hungria tem uma sincronização incrível, parece um clube. Tem um contra-ataque incrível. É uma equipa completa. Espero um jogo semelhante ao de Budapeste"

Mudanças à vista no onze?

Frente a este tipo de seleções são precisos 'espalha-brasas'. Podemos esperar alterações?

"O importante é ter uma equipa com energia e clareza. Não é só o onze. Acho que é importante que todos estejam preparados para um jogo exigente. O Félix vai treinar esta tarde. Normalmente sempre fazemos 2 ou 3 trocas. Faz parte do que trabalhamos".

Hora de falar na renovação?

O seu contrato termina em 2026. Não seria altura de falar em renovação?

"O foco é passo a passo, tentar ter um bom desempenho e apurar. O resto não é para o selecionador falar".

Bolas paradas defensivas vão ser importantes?

"Já conhecem o jogador do Liverpool, tem uma grande capacidade na decisão. Dá muito à Hungria também na bola corrida. Consegue espaço. No Liverpool tem mais liberdade. Trabalhámos isso. A bola parada é um aspeto importante".

Melhor médio do Mundo? Fácil...

Luis de la Fonte disse que o Pedri é o melhor médio. Quem é o melhor? E qual a capacidade do Vitinha que o tranquiliza?

"Boa pergunta. O De la Fuente está certo em dizer que os seus são os melhores. Para mim, o Vitinha é o melhor do mundo, João Neves também é dos melhores, com características diferentes. A nível estatístico foi o Vitinha. Na época que fez... foi o melhor médio na Champions. Precisamos de aceitar as opiniões, mas também apoiamos o que é objetivo".

Críticas mas informadas

Sente que as críticas são injustas?

"Faz parte. Gostaria que fossem informadas. O foco é desfrutar mais da seleção. Não há uma equipa perfeita, mas acho que os jogadores merecem mais respeito pelo que estão a fazer. Todas as pessoas têm uma opinião. Faz parte. Não vejo um problema aqui"

A sorte do treinador ou os jogadores a trabalharem bem...

Portugal tem marcado muitos golos e decidido nos últimos minutos...

"Acho que é melhor para vocês falarem disso. A minha responsabilidade é criar um ambiente competitivo, uma equipa de ataque. É aqui onde ganhas a sorte. 13 vitórias nas fases de apuramento. Nunca foi feito. Acho que o que consegue a seleção é do trabalho, precisamos de falar mais do que os jogadores estão a fazer bem do que a sorte do treinador"

«Temos uma seleção que joga muito e bem»

Está aberto a mudar o sistema?

"Acho que a nossa média é de uma das melhores seleções do Mundo. Precisamos de valorizar o que fazemos com bola ao detalhe, mais objetivamente. Somos uma equipa de ataque. Não é um problema. A Hungria não sofreu golos de bola corrida, nós marcámos dois e um de penálti. Se falamos de avaliar jogos temos de o avaliar bem. A equipa cria oportunidades. Já fizemos isso contra Alemanha, Espanha. Contra a França é o primeiro em que queremos jogar olhos nos olhos. O primeiro golo muda todo o jogo. Gosto de ver o que escrevem. Temos uma seleção que joga muito e bem. Vamos desfrutar disso".

Os golos que chegam da Arábia...

8 golos apontados por jogadores que alinham na Arábia...

"O golo é consequência do bom jogo, não apenas do jogador. Mostra que onde jogam não é importante para ajudar a Seleção. É importante a atitude e tentar executar o que precisam de fazer. Não faz parte de jogar num país ou outro. Temos muitos marcadores diferentes. Não tem uma relação".

«Golo da vitória não é só isso... É Portugal, é merecido»

Portugal sentiu dificuldades contra o bloco baixo da Irlanda...

"Avaliar o desempenho no global. Sem bola foi exemplar. É importante o aspeto do que fizemos sem bola, deixámos a Irlanda sem cantos, lançamentos. É um desempenho bom, mas faltou marcar cedo. A bola bate no poste e sai. Gosto da estatística dos golos esperados. O que não podemos perder é o que fizemos sem bola, a resiliência de continuar a tentar fazer o que acreditamos. Ninguém fala do golo da vitória, não é de azar ou sorte, é uma jogada, de qualidade, de cruzamento e de uma chegada. É Portugal. É merecido. Queremos continuar a melhorar. Podemos melhorar a fluidez e rapidez. Continuamos com o que fizemos bem".

Nervosismo de match-point?

E arranca a conferência de Martínez....

No ténis, o match point é o mais dificil. Também aqui existe alguma ansiedade?

"O aspeto emocional é importante, mas acho que o grupo está calmo, está a trabalhar muito bem. Percebe a força que temos em casa. Há uma energia no ambiente em que o jogador fica com vontade de voltar. Tentar apurar para o Mundial em frente aos nossos adeptos. Ajudam muito no aspeto emocional".

Fala Vitinha!

Vitinha faz a antevisão ao jogo com a Hungria antes de Roberto Martínez. Siga tudo AQUI

«Jogo vai ser mais aberto»

Antes dfa conferência, o selecionador falou à Sport TV+

"Acho que é importante lembrar que tivemos um jogo contra uma equipa com um bloco baixo mas com agressividade. Tinha uma situação difícil. É normal perder a concentração e dar um contra-ataque, mas não fizemos isso. Não demos cantos, lançamentos laterais e não tivemos remates enquadrados. Os valores da equipa são importantes, todos os jogadores foram solidários. Podemos melhorar aspetos com bola, mas se quando a bola bate no poste e entra... merecíamos ganhar o jogo antes".

Espera um jogo diferente? "É diferente. Agora têm uma oportunidade de tentar defender bem, a estrutura defensiva é boa. Já tem uma ideia de manter a bola e procurar a baliza do adversário. O jogo vai ser mais aberto. Precisamos de ter o mesmo foco e intensidade".

Baixas...: "Somos um grupo flexível, já mostrámos isso depois da final da Liga das Nações. O grupo é maior. Leão era um jogador importante estar aqui, mas só jogou dois blocos de 10 minutos, não faz sentido arriscar. O Inácio precisa de mais 48h/72h. Também não podemos arriscar".

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Antevisão de Roberto Martínez

Roberto Martínez faz esta segunda-feira, a partir das 16h, a antevisão ao jogo com a Hungria, de apuramento para o Mundial'2026 e que está agendado para terça-feira, às 19h45. Fique a par das declarações do selecionador nacional através do nosso acompanhamento ao minuto!