Cocaína é só um dos muitos problemas de Benítez

Cocaína é só um dos muitos problemas de Benítez
• Foto: REUTERS E GETTY IMAGES

Irascível e pouco dado a regras, Dani Benítez tem tendência para não aprender com os erros, ou pelo menos de voltar às bocas do Mundo de tempos a tempos pelos piores motivos, seja por causa da cocaína ou por ter agredido um árbitro com uma garrafa no jogo com o Real Madrid, na penúltima jornada da temporada 2011/12.

Quando a 31 de outubro de 2010, voltou a ser opção no Granada, tendo em vista o jogo com o Saragoça, cumpridos 180 dias de suspensão, Dani Benítez "garantiu ser um homem novo". A agressão a Clos Gómez, em maio de 2012, custou-lhe só na liga espanhola uma ausência de 10 jogos, um tempo que disse "ter sido muito duro", mas que o tornou mais "forte como pessoa e jogador".

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Aos 26 anos, o jogador cedido pela Udinese ao Granada (contrato com os italianos válido até junho de 2015), tem sido um mar de problemas (várias sanções internas) e, se em muitas das confusões que se envolveu foi defendido pelo clube espanhol, agora corre o risco de expulsão.

Em julho de 2012, a direção do Granada reforçou a confiança no médio apesar da Federação espanhola não ter reduzido o castigo de três meses. Dani Benítez ainda deixou umas críticas aos grandes espanhóis mas admitiu que não equacionara um perdão.

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"Não esperava que me indultassem mas, em Espanha, as equipas grandes têm sempre vantagem relativamente às pequenas. O que fiz foi bem mais grave do que o que se passou com Mourinho [agressão a Vilanova], embora tenha sido um caso grave."

A garrafa lançada contra Clos num jogo de nervos, mereceu reparos vindo de colegas de equipa, como Noé Pamarot, que rotulou o ato como "vergonhoso" mas o arrependimento aliviou a pressão que o caso provocou. O reencontro com o árbitro, em dezembro de 2012, foi encarado pelo jogador com total tranquilidade. "Ao ver o futebol de fora durante tanto tempo, amadureci", garantiu.

A primeira metade de 2013 não foi, no entanto, proveitosa para Dani Benítez muito por culpa das lesões. Em fevereiro foi operado a uma hérnia inguinal. No início de abril, já quase totalmente recuperado, sofreu uma rotura muscular que o afastou dos relvados dois meses. O calvário não acabou por aqui. Esta época até começou bem (participou em seis dos sete primeiros jogos) mas nova lesão na perna esquerda, a 30 de setembro frente ao Athletic Bilbao, afastou-o dos relvados durante mais seis semanas.

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O médio parecia disposto a recuperar em 2014 o tempo perdido mas não conseguiu evitar, o puxão de orelhas de Juan Carlos Cordero, diretor deportivo del Granada, após a vitória com o Betis por ter sido expulso ao fim de 19 minutos em campo. "Quase colocou em causa a conquista dos 3 pontos. Já tem idade para saber o que deve fazer", declarou o dirigente, lamentando que não tenha conseguido "agarrar mais uma oportunidade".

Cordero só não sabia nesse dia, que o jogo ainda ia dar muito que falar. Dani Benítez acusou cocaína no controlo antidoping feito no final do encontro. A rescisão do contrato deve ser o passo que se segue.

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