O Angers, último classificado da Liga francesa de futebol, anunciou esta terça-feira a demissão do treinador Abdel Bouhazama, devido aos fracos resultados desportivos e a comentários considerados inapropriados sobre um jogador processado por assédio sexual.
"Perante a pressão da imprensa e para preservar a imagem do clube e a serenidade do balneário, Abdel Bouhazama comunicou ao presidente Saïd Chabane a decisão de deixar o cargo", anunciou o clube em comunicado à imprensa.
No entanto, não foi fornecida qualquer informação acerca do sucessor no cargo, numa altura em que a equipa, lanterna-vermelha do campeonato, acabou de sofrer uma derrota pesada, por 5-0, em Montpellier, no último domingo.
Bouhazama, que já vinha a ser criticado por não ser capaz de reverter o ciclo de resultados negativos do Angers, estava no 'olho do furacão' na sequência de comentários que fez, com a intenção de transmitir confiança ao central da sua equipa, Ilyes Chetti, envolvido num caso de alegado assédio sexual.
A imprensa francesa tinha revelado que o jogador em causa admitira ter tocado numa jovem numa discoteca à noite e que iria a julgamento no próximo mês de abril.
"Não foi maldoso, já todos tocámos em raparigas", terá dito o treinador, segundo várias fontes citadas pelos jornais diários 'Ouest France' e 'L'Équipe', e confirmadas pela agência France-Presse.
A reação do clube foi enérgica e perentória: "O Angers condena sem reservas as palavras ditas durante a conversa, ainda que pareçam (mais) desajeitadas do que a intenção de banalizar o discurso sexista", argumentou o clube no seu comunicado de imprensa, garantindo que Bouhazama pediu desculpas "aos seus colegas, especialmente mulheres".
No entanto, as suas palavras chocaram o balneário e tiveram uma repercussão que levou o deputado responsável pela área do Desporto da Câmara de Angers, Charles Diers, a afirmar: "Um técnico da I Liga não pode falar assim. Um educador não pode falar assim. Um homem não deveria dizer tais coisas".
As declarações de Bouhazama tiveram mais impacto pelo facto de o presidente do clube, Said Chabane, ter um processo em tribunal desde 2020, no qual é acusado de agressão sexual agravada, após o testemunho de seis mulheres que eram suas funcionárias na altura em que estes factos terão ocorrido.
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