Ruben Amorim faz mea culpa e explica frase polémica: «Às vezes cometo erros e digo coisas que não devia»

• Foto: Action Images

Ruben Amorim fez, esta quarta-feira, a antevisão à receção ao Rangers, marcada para amanhã, pelas 20 horas. Em conferência de imprensa, o treinador português voltou a destacar a necessidade de dar a volta ao mau momento do Manchester United e explicou uma frase que proferiu recentemente e que deu que falar, quando afirmou que a sua equipa era, talvez, a "pior da história" do clube.

Transmitiu algumas palavras fortes ao grupo depois do jogo com o Brighton. Que resposta espera dos jogadores?

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"Em primeiro lugar, gostaria de falar disso. Estava a falar mais sobre mim do que para os jogadores. Encontrar um treinador que perde sete ou oito jogos nos primeiros 10... Se repararem, sempre que falo - e falo muito -, e sempre que vocês falam sobre os jogadores, não coloco o foco neles. Percebo a pergunta, dei-lhe essa manchete. Às vezes fico frustrado e digo coisas que não devia. Mas é o que é. Às vezes é muito difícil esconder a frustração, mas a coisa boa é que, no balneário, tinha dito as mesmas coisas, de maneira diferente. A resposta foi normal, sou bastante claro com os meus jogadores. Treinaram bem, estão prontos para este jogo e amanhã veremos".

Se tirar a responsabilidade dos jogadores e colocá-la em si... Alguém tem de ser o responsável, não?

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"Não estou a tirar a responsabilidade dos jogadores. O que estou a dizer é que vocês deram a entender que eu estava a colocar a culpa nos jogadores. Aquilo que queria dizer é que é preciso procurar muito para encontrar uma equipa do Manchester United que, em 10 jogos, tenha perdido sete. E isso é culpa minha. São os mesmos jogadores a fazerem pior com um treinador novo. Essa é a minha única preocupação neste momento. Mas não estou a retirar nada dos jogadores. Temos de melhorar nos detalhes. Ficamos muito nervosos com bola. E neste contexto, é muito difícil subir, especialmente quando se está num clube tão grande. Se foi a melhor maneira de colocar as coisas depois daquela derrota? Talvez não, mas é o que é. Sou sempre assim, muito direto. E neste momento, estamos a jogar muito mal. E os resultados são muito maus. É tudo isso. Os jogadores, o staff... Estou só a apontar que eu sou o grande responsável pelas más exibições da equipa porque sou o treinador".

Falou algumas vezes da ansiedade que se vive em Old Trafford. Está a tornar-se mais difícil jogar em casa do que fora neste momento? Como se pode combater isso?

"Acho que isso é claro. Podia dizer que era a mesma coisa, que tínhamos o apoio dos adeptos. Mas não. Ficamos mais nervosos a jogar em casa. Perdemos quatro jogos em cinco. Está a tornar-se mais difícil. Mas podemos melhorar. Se não sofrermos o primeiro golo logo aos 4 minutos... Foi aos 4', aos 10', aos 15'. Aí fica difícil acalmar a equipa. Temos de marcar primeiro. Se o fizermos, acho que as coisas vão mudar. E aí vamos jogar melhor em casa. Para mim está muito claro".

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As coisas podem piorar neste momento?

"O mais importante é pensar que podemos melhorar já no próximo jogo. O futebol pode mudar assim, de um momento para o outro. Imaginem que amanhã não sofremos no início, marcamos e jogamos bem. E depois vamos jogar contra o Fulham e vencemos. As coisas vão mudar. Até o ambiente... Percebi que íamos sofrer quando cheguei, isso estava muito claro. Se está a tornar-se muito difícil? Vocês sabem que sim. Às vezes mostro essa frustração".

Nervosismo...

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"Eu não disse que estava nervoso, disse que estava frustrado. São coisas diferentes. Estamos nervosos enquanto equipa porque há sempre o 'nós'. Acho que é muito bom ser honesto convosco".

Por que razão mudou o seu método no jogo contra o Brighton, o de falar com os jogadores logo após o encontro?

"Não pensei. Sou um homem novo e às vezes cometo erros. É por isso que não falo depois dos jogos. Depois deste, precisava de falar. Talvez tenha sido um erro. Depois fico mais nervoso e vou à conferência, digo coisas que não devia. Cometo erros e vou melhorá-los. Não prometo que não o vou fazer novamente, mas vou tentar melhorar".

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Interesse de outros clubes em Garnacho... Seria uma boa ideia vender o jogador para, depois, reinvestir o dinheiro?

"Percebo a pergunta, mas vamos focar-nos no jogo. Não quero falar disso, especialmente antes do jogo. O nosso foco está nos jogadores que temos cá e precisamos de melhorar, de ganhar. E isso é muito importante para nós".

O que espera do Rangers?

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"Esperamos um jogo difícil, muito físico. Sei que o Rangers tem alguns jogadores importantes de fora, e teremos de perceber como é que os que vão jogar se comportam, a subida dos laterais. Têm talento no último terço. Será mais um jogo difícil, muito importante para nós. É muito importante evitar o playoff [passar diretamente nos oito primeiros] para haver tempo para treinar. Estamos preparados, os nossos adeptos estão preparados".

Adeptos do Rangers também estão chateados com a prestação da equipa...

"É muito difícil. O Rangers já conquistou muita coisa e, neste momento, é complicado para os treinadores e para os clubes. Sinto a dor do técnico deles...".

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Por André Santos
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