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Em Itália desde 2017, Jordan Veretout é um dos vários jogadores de futebol que lida diariamente com o drama em torno de toda a situação do coronavírus. Em quarentena, o médio de 27 anos da Roma detalhou como vive todo o problema e assume que uma das coisas que mais lhe custa é ter de explicar às suas filhas o porquê de toda esta situação.
"Quando a minha filha me pergunta se pode sair para o jardim ou se está lá uma besta, respondo-lhe que há uma pequena besta no ar, mas que ela pode continuar a brincar lá. Roma é neste momento uma cidade morta. Normalmente está cheia de gente, sempre muito movimentada. As grandes praças ou o Vaticano estão sempre cheios. No meiu bairro há sempre algum barulho de fundo, mas quando vou para o jardim com as minhas filhas há uma sensação de vazio, é um pouco assustador. Mas é assim que vivemos. A situação está muito séria e sem a mobilização de todos não vamos sair dela", advertiu o médio, em entrevista ao jornal 'L'Equipe'.
"As minhas filhas fazem desenhos, jogam jogos de tabuleiro e até fizemos uma caça ao tesouro. Dançamos e jogamos às escondidas. Quando os jogos acabam, cortam-me o cabelo. Neste momento também elas se sentem em quarentena. Tentamos explicar-lhes que é pelo melhor ficar em casa, de forma a não as assustar ainda mais", assumiu.
Veretout lembrou ainda a forma como o plantel da Roma viu a evolução de toda a situação. "Continuámos a treinar até à véspera do jogo com o Sevilha. No centro de treinos a atenção ao detalhe foi sempre grande, sentia-se no ambiente. Todos os funcionários tinham luvas e máscaras. Deixámos logo de fazer refeições em grupo ou até de nos cumprimentarmos. Mas o futebol é a minha paixão, por isso é natural que sinta falta. Aqueles hábitos, os jogos, os treinos são a minha vida. Temos um plano de treino a seguir, mas isto não substitui uma sessão de trabalho em grupo e o prazer do jogo. E o futebol também é algo para ser partilhado com o público e também sinto falta disso", admitiu.
A finalizar, Veretout assume que prefere não olhar para as notícias sobre a evolução do coronavírus no país. "É complicado ver as imagens dos hospitais. Prefiro ver as imagens das varandas com pessoas a cantar. Não me surpreende, porque os italianos sempre foram solidários e simpáticos", concluiu.
Por Fábio LimaAvançado da Cremonese em destaque
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