Dulce Félix e Jessica Augusto na Maratona de Praga

Depois de dois anos de ausência no calendário internacional, devido ao contexto de pandemia, a Maratona de Praga está de volta. A edição deste ano contará à partida com um pelotão de elite de boa valia, na qual entram as portuguesas Dulce Félix e Jessica Augusto.

A dupla portuguesa chega à República Checa depois de ter estado algum tempo afastada das maratonas - Dulce fez a última em 2018, quando foi 5.ª em Valência, ao passo que Jessica Augusto participou na de Hamburgo em 2019, mas acabou por desistir. Por isso, para ambas o objetivo principal passará por encontrar as melhores sensações e chegar à meta instalada no centro de histórico da capital checa dentro dos objetivos para as grandes provas que estão aí a chegar (Mundiais e Europeus) - com mínimos de 2:29.30 e 2:32.00, respetivamente.

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A Record, Jessica Augusto assume que o objetivo principal é terminar, algo que não consegue numa maratona desde 2017, ano em que venceu em Hamburgo, antes de em Nova Iorque, na sua última maratona concluída, ter 'levado' um "empeno", como a própria refere. "O objetivo é chegar ao fim. Já ando a adiar a maratona há muito tempo. Inicialmente ia ser Valência, mas adiei pela Covid-19. Depois passámos para Sevilha, mas tive um percalço em Viana do Castelo... Aí atirei a toalha ao chão, disse 'não faço maratona, porque não me sinto capaz', mas depois fez-se um clique. 'Tenho de ir!' Porque é importante para mim terminar, ter uma marca. Se der para mínimos fico satisfeita. Se não der, fico satisfeita na mesma se acabar", assumiu a atleta portuguesa.

Aos 40 anos, Jessica admite ser complicado batalhar por marcas que anteriormente eram 'fáceis', mas deixa claro que não vai desistir de o tentar. "Nesta altura da minha carreira, para quem correu sempre fácil para 2h24 ou 2h25, ver-me nesta situação de lutar por 2h32 é uma luta muito interna. Mas se o fizer será a minha maior vitória. Vou sentir-me como se tivesse corrido para 2h25. Sei que me falta muito trabalho, que não fiz o ideal para preparar uma maratona, mas sei que se fizer a marca de referência depois poderei treinar a 100% para a próxima. Que, se correr bem, será o Europeu. Se não for, será em agosto ou setembro. Não vou baixar os braços", garantiu a veterana atleta lusa, que chegará à Rep. Checa com uma única pressão. Aquela que é colocada por si mesma. "Tenho vindo a trabalhar com a minha psicóloga a nível mental o dia de amanhã. É mais importante para mim terminar, claro que vou arriscar. Não vou dizer que não. Sei que a segunda parte vai doer um pouco mais, mas tenho de lutar pelos mínimos", finalizou.

A Maratona de Praga corre-se no domingo, pelas 9 horas locais (8 de Lisboa) e poderá ser seguida em direto no site de Record.

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Por Fábio Lima
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