Europeus de pista coberta: Ingebrigtsen e Hodgkinson prolongam reinado antes de desfecho dramático

Europeus de pista coberta: Ingebrigtsen e Hodgkinson prolongam reinado antes de desfecho dramático

Jakob Ingebrigtsen, Kelly Hodgkinson e Kevin Mayer prolongaram este domingo os seus reinados europeus em pista coberta, nuns campeonatos encerrados com a violenta queda do espanhol Enrique Llopis, interrompendo os festejos do 26.º e último campeão continental em Istambul.

No quarto e último dia de Istambul'2023, o norueguês Jakob Ingebrigtsen sagrou-se duplamente bicampeão, ao juntar também na Turquia a medalha de ouro nos 3.000 aos 1.500 metros, numa passada tranquila e batendo, folgadamente, em 7.40,32 minutos, o espanhol Adel Mechaal e do sérvio Elzan Bibic, segundo e terceiro classificados, respetivamente.

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Nos 800 metros, a britânica Kelly Hodgkinson revalidou o título, fez valer o seu favoritismo, concluindo em 1.58,66 minutos a final, à qual tinha chegado como a única a correr as quatro voltas abaixo dos dois minutos, à frente da eslovena Anita Horvat e da francesa Agnes Raharolahy.

O francês Kevin Mayer, bicampeão do mundo do decatlo, confirmou a supremacia nas provas combinadas, somando o seu terceiro título europeu em pista coberta, reeditando os feitos de Belgrado'2017 e Torun'2021, com 6.348 pontos. O norueguês Sander Skotheim arrebatou a medalha de prata, com 6.318, enquanto o estónio Risto Lillemets melhorou o quinto lugar dos últimos Europeus, com 6.079.

Mesmo em terreno hostil, o grego Mitiadis Tentoglou, campeão olímpico e europeu, sagrou-se tricampeão no salto em comprimento, com 8,30 metros, a 11 centímetros da sua melhor marca em 2023, superando o sueco Thobias Montler (8,19), que teve quatro nulos e alcançou o seu recorde da temporada, e o romeno Gabriel Bitan (8,00).

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Yaroslava Mahuchikh, de 21 anos, revalidou o título europeu no salto em altura, e juntou-o ao mundial em pista coberta, ao superar a fasquia colocada a 1,98 metros.

A neerlandesa Britt Weerman, com 1,96, intrometeu-se no domínio ucraniano e saltou para a prata, relegando para o bronze a ucraniana Kateryna Tabashnyk, cuja mãe foi morta em agosto de 2022 num ataque da Rússia a Kharkiv, com os mesmos 1,94 da sérvia Angelina Topic e da sua compatriota Yuliia Levchenko.

No salto em altura, sem o italiano Gianmarco Tamberi, que decidiu concentrar-se na época ao ar livre, o neerlandês Douwe Amels surpreendeu o ucraniano Andrii Protsenko, que tinha 2,32 como melhor marca do ano, ao superar a fasquia colocada a 2,31 metros de altura, mais dois centímetros do que os alcançados pelo atleta do Sporting, que arrebatou a prata, apesar da igualdade com o belga Thomas Carmoy,

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Igualmente sem a grande figura do salto com vara, o sueco Armand Duplantis, recordista mundial e detentor do título, o norueguês Sondre Guttormsen venceu, graças a um concurso 'limpo' até aos 5,80, marca também alcançada pelo grego Emmanouil Karalis, com um nulo aos 5,60, pelo polaco Piotr Lisek, que falhou 5,70, e pelo alemão Torben Blech, com derrubes da fasquia aos 5,40 e 5,70.

A britânica Jazmin Sawyers também beneficiou da ausência da ucraniana Maryna Bekh-Romanchuk, e agora praticamente apenas triplista, mas ainda campeã em título no salto em comprimento, para conquistar a medalha de ouro, depois de saltar 7,00 metros na sua quinta tentativa, mais três centímetros do que a italiana Larissa Iapichino e nove do que a sérvia Ivana Vuleta, na única final do dia com portugueses, e que Evelise Veiga terminou no oitavo posto, com 6,36.

Nos 4x400 metros, a Holanda revalidou o título nas mulheres e a Bélgica venceu nos homens. Julien Watrin levou a Bélgica ao triunfo, em 3.05,83, seguida da França (3.06,52) e da Holanda (3.06,59), numa prova liderada até à última curva pela Espanha, quarta (3.06,87)

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No setor feminino, Femke Bol confirmou o segundo triunfo consecutivo da Holanda, que controlou a corrida, deixando em aberto os restantes lugares do pódio, ocupados por Itália e Polónia, respetivamente.

Adrian Ben, sobre a linha de meta, arrebatou a segunda medalha e a única de ouro para Espanha, nos 800 metros, com o memo tempo 1:47,34 do francês Benjamim Robert, segundo classificado, enquanto o belga Eliott Crestan terminou em terceiro.

Reetta Hurske confirmou o favoritismo na penúltima prova do programa, os 60 metros barreiras, ao replicar o recorde nacional finlandês que tinha estabelecido este ano (7,79 segundos) na pista da Ataköy Arena, impondo-se à neerlandesa e detentora do título Nadine Visser, que terminou a prova em 7,84, o seu melhor tempo de 2023, aquém dos 7,77 do seu recorde pessoal.

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A fechar, o suíço Jason Joseph melhorou o seu recorde pessoal alcançado este ano para vencer, em 7,41, relegando o polaco Jakub Szymanski para a segunda posição e o francês Just Kwaou-Mathey para a terceira, com 7,56 e 7,59, enquanto a Ataköy Arena se remeteu ao silêncio, face à queda do espanhol Enrique Llopis.

O barreirista, que chegou à final com o melhor tempo de sempre (7,48), derrubou a quinta e última barreira e caiu antes de cruzar a linha de meta, ficando no chão, inanimado, para apreensão de todos os presentes. A normalidade, e os festejos do último dos 26 campeões da Europa só foram retomados com o sinal para as bancadas da equipa espanhola que acudiu a Llopis.

De acordo com a assessoria de comunicação da Real Federação Espanhola de Atletismo, o barreirista, de 22 anos, foi levado a um hospital, depois de ter estado inconsciente, mas, após alguns exames de diagnóstico, não revelou qualquer fratura.

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Por Lusa
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