Colchão com sangue, aranhas no teto, sem papel higiénico e dentífrico estragado: Brittney Griner recorda prisão russa

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Basquetebolista norte-americana foi apanhada com óleo de canábis no aeroporto de Moscovo e a partir daí a sua vida mudou

Brittney Griner, jogadora norte-americana de basquetebol, uma das estrelas da WNBA, recordou numa entrevista ao canal ACB os horrores por que passou numa prisão russa entre fevereiro e dezembro de 2022, depois de ter sido detida no aeroporto de Moscovo com óleo de canábis na bagagem que, segundo a defesa, usava com propósitos médicos.

A basquetebolista, que já escreveu um livro a relatar o sucedido, preparava-se para jogar numa equipa russa, mas à chegada ao país tudo mudou. "A minha mulher é que costumava fazer as malas, mas desta vez fui eu quem as fez. E não me lembrei de tirar da mala o óleo de canábis, que no Arizona é legal e na Rússia é proibido. Eu sabia que era proibido, foi um esquecimento", justificou Griner, que acabou por ser condenada a 9 anos de prisão.

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A jogadora foi depois levada para uma prisão que, segundo contou, mais parecia um campo de trabalho com condições deploráveis. "O colchão tinha uma enorme mancha de sangue, davam dois lençóis muito finos, praticamente dormia em cima de barras. Tinha aranhas por cima, a fazerem ninho... Os meus pés ficavam entre grades, no fundo da cama, e na prisão não queres que isso aconteça porque alguém pode agarrá-los, torcer e parti-los. Era isso que nos passava pela cabeça."

A jogadora, que chegou a emocionar-se durante a entrevista, recordou que lhe era dado um rolo de papel higiánico, que "tinha de durar um mês". "Passaram dois ou três meses e não nos deram nenhum..."

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A pasta de dentes "tinha expirado há uns 15 anos". "Usávamos para limpar o bolor das paredes..."

Brittney Griner estava numa das piores prisões da Rússia, "um campo de trabalho onde não há descanso" e sempre "muito frio". "Tive de cortar as rastas. O meu cabelo estava sempre molhado, congelava com o frio, eu ficava doente..."

A jogadora das Phoenix Mercury, de 33 anos, acabou por ser libertada depois de meses de negociações a envolver os governos dos dois países e no âmbito de uma troca de prisioneiros.

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Por Isabel Dantas
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