Fernando Pimenta: «Há atletas que foram medalhas em europeus, mundiais e olímpicos que saíram daqui a chorar»

• Foto: COP

O canoísta Fernando Pimenta salientou este domingo a conquista da sua 90.ª medalha em provas internacionais, manifestando-se "muito satisfeito" com os dois pódios obtidos nestes mundiais da Hungria e apuramento olímpico.

"Consegui mais uma medalha, 90 internacionais e mais de 10 em mundiais. Só posso sair contente daqui com a vaga olímpica. Há atletas que foram medalhas em europeus, mundiais e olímpicos que saíram daqui a chorar porque não conseguiram vaga e eu estive nesses cinco primeiros", regozijou-se, em declarações à agência Lusa.

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Fernando Pimenta sai com a medalha de bronze em K1 1000 e 5000, duas distâncias nas quais defendia os títulos mundiais de 2018, em Montemor-o-Velho, mas até podia ter obtido melhor lugar na distância mais longa, não fossem os azares.

"Trabalhei muito para chegar aqui em boa forma e conseguir o apuramento olímpico. Consegui. Agora é continuar o trabalho. Esta prova foi muito dura. Ao início não me sentia muito bem, com os músculos presos. Depois sofri alguns toques no início da prova que logo me arredaram do grupo da frente", lamentou.

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Pimenta viu um trio destacar-se, mas depois o atleta belga perdeu a onda dos dois primeiros -- "vi que tinha quebrado e não ía ter energia... se o apanhasse muito provavelmente estaria na discussão da medalha" --, pelo que o limiano foi "com tudo nas últimas voltas" até atingir o objetivo do pódio.

Agora, Pimenta espera que os atletas portugueses que ainda não conseguiram vaga olímpica "recebam todo o apoio para que ainda o possam fazer em maio de 2020", na derradeira oportunidade, na fase continental.

"Continuar a apoiar os que estiveram aqui a dignificar Portugal, porque no próximo ano há algumas vagas e espero que se apresentem na melhor forma e consigam os seus objetivos", desejou.

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Quanto a si, garante que desde que sábado conseguiu a vaga a época "já está traçada" pelo seu treinador, Hélio Lucas, prometendo já estar "focadíssimo nos Jogos Olímpicos, com muito trabalho e empenho".

"Nas últimas épocas estive uma média de 220 dias longe de casa. Muito provavelmente neste próximo ano a família não vai ser esquecida, mas vou ter ainda menos tempo com ela para poder trabalhar o melhor possível, chegar lá e dar tudo por tudo para ser um dos atletas mais rápidos a cortar a meta nos Jogos Olímpicos", concluiu.

Portugal sai dos mundiais de canoagem com a vaga em K1 1000 conquistada por Fernando Pimenta, K1 200 por Teresa Portela e K4 500 por Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela.

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Norberto Mourão vai estrear a paracanoagem nos jogos Paralímpicos, em VL2 200, na qual se sagrou vice-campeão do Mundo.

Por Lusa
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