À medida que a idade vai avançando, o corpo de uma pessoa vai perdendo capacidades e ficando cada vez mais fraco. Imune a isto que, no fundo, é a lei da vida, parece estar Venceslau Fernandes, uma das figuras mais acarinhadas da caravana da Volta a Portugal. Dizem que é da fibra que não quebra, a fibra de campeão. A prova disso são os 100 quilómetros que faz por dia a andar de bicicleta… aos 74 anos! "E quando não tenho tempo para andar de bicicleta, tenho de fazer a minha corridinha. Não posso parar, meu amigo", conta, sempre simpático o vencedor da Volta a Portugal do já longínquo ano de 1984.
À primeira vista pode parecer que o ‘Velho Lau’ (nome pelo qual é carinhosamente conhecido) está, tal como o nome indica, velho, mas isso é só por fora. "Já ando assim um bocadinho torto, mas ando. A juventude está na minha cabeça e essa ninguém me tira. O corpo vai atrás. Vou andando cada vez mais devagar, mas ando", diz a Record, acrescentando uma frase muito forte: "No ciclismo, quando se chega ao fim, há coisas que não dá para acreditar como elas aconteceram."
Agora, mesmo fora do pelotão, a paixão continua a ser a mesma: "Eu gosto muito de andar de bicicleta e ainda faço Granfondos! É um prazer muito grande para mim estar aqui ver estas coisas, viver neste ambiente e presenciar todas as alterações que têm vindo a acontecer. Este aparato todo, esta Volta é o que me motiva a estar por aqui. Este amor não acaba!"
Pai babado
Não é só pelo amor ao ciclismo que Venceslau Fernandes continua a estar presente na berma da estrada a gritar e a bater palmas ao pelotão, é por um amor ainda maior! A participar pela segunda vez na Volta a Portugal está… Venceslau Fernandes, também conhecido por Venceslau filho e vencedor da Volta a Portugal do futuro do ano passado, que corre pela equipa da UD Oliveirense/InOutbuild. "É um orgulho ver o meu filho a correr aqui, tal como acompanhei toda a carreira da Vanessa!..."
"Eu tenho dois amores…"
E quem é que vai ganhar esta edição da Volta a Portugal? Venceslau Fernandes vê vários ciclistas com capacidade para levar a camisola amarela, mas responde a esta pergunta mais com o coração do que com a cabeça. "Primeiro, Venceslau Fernandes, meu filho. Segundo, Pipo [Filipe] Cardoso, meu sobrinho. Para o terceiro lugar, tenho um amor muito grande por dois corredores que são meus vizinhos, o Jóni Brandão e o António Carvalho. Que ganhe o que estiver mais bem preparado, porque isto não é preciso só ter força", realça.
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