Ana Mota Veiga: amor à primeira vista

Ana Mota Veiga viveu os seus primeiros anos na Serra da Estrela numa quinta com vários animais por perto. Com paralisia cerebral de nascença, o pediatra cedo recomendou a hipoterapia e a jovem Ana começou a montar logo aos três anos de idade.

Mais tarde, aos 15 anos, acabou por mudar de área de residência e afastou-se temporariamente da equitação, tendo só retomado o contacto com os cavalos já na fase adulta quando veio trabalhar para Lisboa.

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A evolução da jovem foi natural e, cerca de 12 anos mais tarde, já em 2009, Ana Mota Veiga começou a participar nas suas primeiras competições nacionais. No ano seguinte fez a sua estreia internacional já com cavalo próprio e, em 2012, conquistou a sua primeira medalha num torneio continental em Barcelona, já com o seu cavalo dessa altura, o Vento da Devesa. Foi ele que acompanhou Ana Mota Veiga durante os seus primeiros anos de competição até que, em 2015, inesperadamente, faleceu.

Os anos de amizade e companheirismo de repente desapareceram numa altura em que os Jogos Paralímpicos do Rio’2016 aproximavam-se, e Ana Mota Veiga viu-se forçada a juntar-se a um novo parceiro de competição para os desafios futuros, o Convictus.

Foi já com o Convictus que Ana Mota Veiga garantiu o lugar no Rio’ 2016 e foi também na sua companhia que participou nos Jogos Paralímpicos de Tóquio’2020, sempre na modalidade Equestre, disciplina de Paradressage.

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Declaração

"Ao longo da vida, a necessidade de acompanhar as várias etapas levou a que me habituasse fazer as tarefas com empenho e dedicação. Mas foi a prática desportiva de alto rendimento que despertou em mim o espírito de superação. Na Paradressage é imprescindível existir forte ligação entre o cavalo e cavaleiro. O cavaleiro leva o cavalo a desenhar figuras e executar exercícios. O espírito de SuperAção leva-me a querer fazer sempre mais e melhor!"

Equestre

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A modalidade equestre está presente no calendário paralímpico em exclusivo na disciplina de paradressage. Esta atividade é dedicada somente para atletas que tenham deficiência motora. A modalidade divide-se em cinco classes desportivas consoante o grau de limitação dos cavaleiros. É disputada quer nas vertentes de testes individuais, testes livres como também em testes por equipas. 

Por Diogo Jesus
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