Christa Deguchi e Hidayat Heydarov foram fiéis ao favoritismo

Foto: Reuters
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Canadiana deu o primeiro ouro de sempre ao país no judo

A canadiana Christa Deguchi (-57 kg), judoca de origem japonesa, e o azeri Hidayat Heydarov (-73 kg) seguiram à risca o guião de favoritos, para reclamarem o ouro nos Jogos Olímpicos Paris'2024.

Os líderes das duas categorias intermédias do judo mundial não deixaram escapar na Arena Champ-de-Mars a oportunidade de se consagrarem num restrito olimpo, depois de cada um, isento na primeira ronda, vencer quatro oponentes.

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Ouro histórico para o Canadá

Na final feminina, Deguchi acabou por fazer história, num combate muito equilibrado, mas que venceu já no prolongamento (total de 6.35 minutos) após um terceiro castigo (hansoku make) à sul-coreana Mimi Huh, por falso ataque. Depois do bronze olímpico em Tóquio'2020 da também canadiana Jessica Klimkait, atual número dois mundial, foi agora Deguchi a brilhar, com o extra de dar ao Canadá a sua primeira medalha de ouro olímpica de sempre no judo.

A competição de -57 kg, pela primeira vez desde Londres'2012 sem a portuguesa Telma Monteiro, contou na luta principal com o top 4 da categoria: Deguchi, Mimi Huh, a brasileira Rafaela Silva e a francesa Sarah Leonie Cysique.

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Foi este o emparelhamento que as quatro alcançaram nas meias-finais, com Deguchi frente a Cysique, a quarta menos cotada, e Mimi Huh com Rafaela Silva, segunda contra terceira, nuns Jogos que marcaram o regresso da brasileira à competição olímpica.

Derrotada nas 'meias', a carioca campeã olímpica no Rio'2016 - suspensa em Tóquio'2020 por doping -, lutou pelo bronze, mas caiu, desclassificada por apoio da cabeça, perante a japonesa Haruka Funakubo, quinta favorita, que arrebatou a medalha num combate de nove minutos.

O outro bronze ficou nas mãos de Cysique (prata em Tóquio'2020), com a francesa, que tinha perdido nas 'meias' com Deguchi num longo e extenuante combate, a garantir nova medalha, pelo terceiro dia consecutivo, aos judocas da casa, para gáudio do público, e após derrotar a georgiana Eteri Liparteliani.

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Azeri estragou festa da casa

Em -73 kg, as decisões começaram com os bronzes do moldavo Adil Osmanov (13.º do mundo) e do japonês Soichi Hashimoto (segundo do mundo), numa categoria que teve algumas surpresas, sem ter todos os favoritos fiéis a esse estatuto.

Foi a situação do suíço Nils Stump (terceiro do mundo e campeão mundial em 2023) e do brasileiro Daniel Cargnin (sexto, bronze em Tóquio'2020), eliminados logo na estreia, ainda nos 16 avos de final.

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Pelo contrário, fiel à sua candidatura, o líder e campeão mundial Hidayat Heydarov conseguiu superar quatro combates no prolongamento, após os quatro minutos iniciais, para se sagrar campeão olímpico.

O mais longo de todos, quase de 10 minutos (09.24), na final, ao vencer o 'outsider' Joan-Benjamim Gaba, judoca francês 35.º mundo, que foi a boa surpresa do dia, fortemente apoiado pelos seus compatriotas, e terminou com a prata.

Desqualificação polémica

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O terceiro dia da competição de judo em Paris'2024 ficou ainda marcado pela desqualificação do argelino Messaoud Redouane Dris, que deveria enfrentar o israelita Tohar Butbul, por estar acima do peso permitido.

Nos Jogos Tóquio'2020, o também argelino Fethi Nourine, que competia na mesma categoria, abandonou a competição para não combater com Tohar Butbul, repetindo uma atitude que já tinha tido nos Mundiais de 2019.

A Argélia é um país árabe, onde o governo não reconhece o estado de Israel, assim como outros países de maioria islâmica, e a situação de hoje já levou a Federação Internacional de Judo a anunciar que irá abrir um "inquérito aprofundado" para avaliar a situação.

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Na terça-feira, a competição chega à sua metade das provas individuais na Arena Champ-de-Mars, com as categorias de -63 kg e -81 kg, que terão em ação os portugueses Bárbara Timo e João Fernando, respetivamente.

Por Lusa
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