Patrícia Sampaio conquistou esta quinta-feira a primeira medalha para Portugal nos Jogos Olímpicos de Paris'2024 e no final falou emocionada à RTP, depois de ser acarinhada pela comitiva lusa, onde estava o irmão Igor, a amiga Maria Siderot, Telma Monteiro, Catarina Costa e Jorge Fonseca, entre outros.
"Foi o melhor momento da minha carreira, pelo resultado, pela forma como me apresentei, ao nível físico e mental. Só não foi um dia perfeito porque não conquistei o ouro", atirou Patrícia Sampaio, de 25 anos.
Na categoria de 78 kg, Patrícia começou por vencer a queniana Zeddy Cherotich e depois bateu a vice-campeã olímpica em Tóquio'2020, a francesa Madelebe Malonga, ambas por ippon.
O combate da judoca do Gualdim Pais (13.ª do ranking mundial) frente a Malonga foi determinante e espetacular, superiorizando-se no acesso aos quartos-de-final com o Champs-de-Mars ao rubro: "Fechei os olhos e não ouvi os franceses. Centrei-me em mim e só pensei em deitar algo ao chão."
Seguiu-se triunfo frente à chinesa Zhenzhao Ma (5.ª), também por ippon, que lhe permitiu fazer história, ao ser a primeira judoca feminina portuguesa a alcançar uma meia-final em Jogos Olímpicos, tal como Jorge Fonseca em Tóquio'2020.
Apesar da derrota (ippin) com a italiana Alice Bellandi, Patrícia Sampaio não vacilou e ganhou o bronze perante a japonesa Rika Takayama (ippon).
No fim a subida ao pódio, com Patrícia Sampaio a agradecer todo o apoio que também teve nas bancadas: "Foi muito importante, ter a minha amiga Maria Siderot, todos os que lutaram vieram-me apoiar."
A judoca, que já se tornou um ícone em Tomar, espera que as medalhas olímpicas no judo se tornem uma constante: "Ainda temos a Rochele Nunes a combater, quero que muitas e mais medalhas sejam ganhas no futuro."
Por Alexandre Reis