Marcos Freitas: «Ser número oito do mundo não dá medalha»

• Foto: Reuters

Marcos Freitas mostrou-se esta quarta-feira desiludido por ter caído nos quartos de final, uma vez que o seu objetivo era discutir as medalhas.

"Foi [uma grande desilusão]. É obvio que chegar aos quartos de final é bom, é a primeira vez, mas sabia que podia chegar mais longe. O adversário estava ao meu alcance, já lhe tinha ganhado antes. Hoje ele esteve muito bem, ganhou uma vantagem de 3-1 e ficou difícil conseguir manter-me com ele. Ainda consegui fazer o 3-2, mas depois ele começou muito forte, ganhou muitos pontos e cada vez mais confiança e não tive hipótese", resumiu o jogador madeirense.

PUB

Marcos Freitas garantiu que esteve sempre a tentar dar a volta ao resultado, até porque já conseguiu recuperar de desvantagens piores, mas precisou que a sucessão de pontos somados por Jun Mizutani permitiram ao japonês crescer em confiança, para se impor por 4-2, com os parciais de 11-4, 9-11, 11-3, 11-8, 10-12 e 11-2, em 55 minutos.

"Ser número oito do mundo não dá medalha, é só os três. Já estou no top 10 há mais de ano e meio. Não é nada de novo para mim. Os resultados que tenho feito têm apontado sempre para este nível. Queria realmente chegar a uma meia-final e depois discutir uma medalha", assumiu o oitavo jogador mundial.

Desiludido, Marcos Freitas quer agora descansar, perceber onde errou e começar a preparar o jogo por equipas com a Áustria.

PUB

"Vai ser um jogo muito difícil, porque eles são campeões da Europa. Penso que se conseguirmos passar esse jogo, temos grandes hipóteses de chegar muito longe", sublinhou.

Questionado sobre se a probabilidade de conquistar uma medalha juntamente com os seus colegas é maior do que era na competição individual, o madeirense considerou que é igual.

"Nas equipas, estamos entre as cinco e as oito melhores do mundo, em individual eu era o número oito. Fizeram-me muitas vezes essa pergunta: qual a vertente em que tínhamos mais hipóteses? Aos meus olhos, eu tinha hipóteses nas duas. Perdi uma hipótese hoje e é óbvio que não quero perder outra", explicou.

PUB

Dos seus terceiros Jogos Olímpicos, Marcos Freitas leva a experiência e a aprendizagem de cada derrota.

"Hoje o meu adversário esteve melhor do que eu. Esteve mais rápido, taticamente esteve muito bem preparado. O que aprendo é que tenho de melhorar muito no meu jogo, ainda posso evoluir muito, tenho apenas 28 anos. Se conseguir trabalhar bem e evoluir é que vou estar a jogar melhor na próxima vez", concluiu.

Marcos Freitas terminou, assim, a sua participação no quinto lugar, a melhor de sempre do ténis de mesa português em Jogos Olímpicos.

PUB

Por Lusa
Deixe o seu comentário
PUB
PUB
PUB
PUB
Ultimas de Ténis de Mesa Notícias
Notícias Mais Vistas
PUB