Mercedes não ofereceu contrato de longa duração a Hamilton porque não quer deixar fugir... 'novo Verstappen'

• Foto: Instagram Andrea Kimi Antonelli

Toto Wolff explicou os motivos que levaram a Mercedes a não comprometer-se em assinar um contrato de longa duração com Lewis Hamilton. O CEO da equipa alemã admitiu que renovou o contrato do piloto britânico por apenas duas temporadas para não correr o risco de perder Kimi Antonelli, piloto do programa de desenvolvimento da Mercedes. O diretor executivo da equipa oito vezes campeã mundial de construtores de F1 recordou a situação de Max Verstappen em 2014, período em que esteve no radar da Mercedes, que acabou por assinar pelos rivais da Red Bull, que tinham a possibilidade de lhe garantir um lugar na Toro Rosso no ano seguinte.

"Há muitos anos, houve uma situação em que tivemos a oportunidade de ter o Max [Verstappen], mas isso não foi possível porque não tínhamos um lugar disponível no cockpit. [Nico] Rosberg e Hamilton tinham acordos de longo prazo connosco e a Red Bull aproveitou a oportunidade. Deram-lhe um contrato com a Toro Rosso, com a possibilidade de ser promovido à Red Bull no ano seguinte. Perdemos um piloto jovem, e podem ver o quão bem-sucedido ele se tornou. E exatamente por termos um piloto júnior [Kimi Antonelli] no horizonte, que está realmente a pilotar num nível muito elevado, então simplesmente quis manter essa opção em aberto", explicou Wolff, em entrevista à 'ORF-TVthek'.

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Embora deposite muitas esperanças no potencial do prodígio italiano, o chefe da equipa da Mercedes assumiu que isso não implica que o piloto de 17 anos ocupe a vaga deixada pelo heptacampeão do mundo na próxima temporada, porém o austríaco não descarta essa possibilidade para os próximos anos, reiterando que, nesta fase, o mais importante é acompanhar a evolução de Kimi, que esta temporada vai correr na Fórmula 2 pela Prema Racing.

"Isso não significa que vamos colocar Antonelli no carro no próximo ano. Ele tem apenas 17 anos e pode ser um pouco cedo. Mas, tendo em vista os próximos cinco ou 10 anos, quero ter essa opção. Venceu tudo o que havia para ganhar no karting e foi para a Fórmula 4. Ganhou todos os campeonatos no ano de estreia, depois subiu um nível e continuou a fazer o mesmo. Agora decidimos saltar a F3, em parte porque não há muito tempo para testar lá. Vai entrar diretamente para a F2, o que será um grande salto para ele. Estes carros são grandes e têm muita potência. A maioria das corridas fazem parte do programa de apoio à F1, por isso também teremos uma boa visão geral", elucidou.

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Wolff confirmou também que Kimi Antonelli vai "realizar um grande programa de testes em 2024" com o monolugar de 2022, com o intuito de perceber se o piloto de 17 anos estará apto para assumir um lugar na equipa em 2025, ou até mesmo em 2026, quando se iniciar o novo regulamento técnico na categoria. O CEO da Mercedes sublinhou ainda que a equipa ainda não definiu o perfil de piloto que idealiza para ser o próximo companheiro de George Russell.

"O mercado de pilotos será incrivelmente interessante, porque há muitos bons pilotos na Fórmula 1 disponíveis para 2025. Tudo isso vai entrar na equação quando decidirmos a formação de pilotos para o próximo ano. Vamos confiar na experiência ou talvez tentar algo novo e concentrar-nos na juventude e correr o risco de termos um estreante e olhar para o seu desempenho de uma perspetiva de desempenho a médio e longo prazo", vincou.

Recorde-se que Kimi Antonelli foi contratado pela Mercedes para integrar o programa de desenvolvimento de pilotos júniores da academia equipa alemã em 2019, vencendo a Fórmula 4 Italiana e Alemã em 2022 e o Campeonato Regional de Fórmula do Oriente Médio e o Europeu no ano passado. O piloto de 17 anos tem sido associado à vaga deixada por Lewis Hamilton, que acionou uma cláusula prevista no seu contrato e vai transferir-se para a Ferrari em 2025.

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Autor: S. R.

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