Cupra Tavascan: desafio às convenções

A Cupra prossegue o caminho de afirmação plena no supercompetitivo mundo da indústria automóvel e o novo Tavascan é exemplo desse percurso iniciado há pouco mais de seis anos. O segundo modelo 100 por cento elétrico da marca nascida sob a asa da Seat e integrada no grupo Volkswagen é um SUV coupé que defende valores como o ‘design’, a performance e a imagem exclusiva.

Depois do Born, o Tavascan vem ocupar lugar muito próprio no alinhamento da marca catalã. Linhas de inspiração atlética, ousadia nas soluções encontradas para a estética do habitáculo e incorporação de tecnologia são, em resumo, os cartões de visita do novo elemento da família Cupra.

Desenhado e desenvolvido em Martorell, próximo de Barcelona, o Tavascan usa a plataforma MEB (serve outros modelos do grupo VW) e é construído na fábrica da Volkswagen na… China. Compreende-se esta opção para um automóvel elétrico - otimização de cadeia de produção que envolve as baterias -, mas a influência oriental termina aí.

O novo SUV coupé que a Cupra espera vender à razão de 70 mil unidades/ano é, já o escrevemos, defensor da imagem e da filosofia da marca. Na estética e na inclusão de elementos como a suspensão desportiva, o controlo dinâmico do chassis (DCC) ou a direção progressiva.

Disponível a partir deste verão (as encomendas abrem no próximo mês) o Tavascan é proposto em duas versões. A entrada faz-se com o ‘Endurance’ de tração traseira e com 286 cv de potência. Depois há uma versão mais desportiva (sob a sigla VZ) com 340 cv e um motor elétrico por eixo.

Ambas as versões utilizam bateria com 82 kWh de capacidade (77 kWh úteis) e as autonomias são compreensivelmente distintas. Maior, com 568 km, a do ‘Endurance’; menor, com 522 km, a do Tavascan VZ. A velocidade máxima está limitada aos 180 km/h para as duas opções, sendo a diferença estabelecida nos valores de binário e capacidade de aceleração dos 0 aos 100 quilómetros.

Não há ainda preços para Portugal, mas pelo que foi possível concluir dos ‘test-drives’ na região de Barcelona há razões para perceber o otimismo e a confiança da marca na carreira do Tavascan.

Por Paulo Renato Soares

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