Consegui escalar o cume do Nanga Parbat no dia 10. Saímos no dia 7 do campo base (CB) diretamente para o C2 e voltámos a repetir umas confortáveis sete horas de subida, com o acréscimo de termos carregado mais uma vez bastante corda, a pedido de várias aldeias... O tempo estava bom e o regresso a um acampamento onde já temos tendas instaladas é bastante mais confortável.
Subo com o Amin, paquistanês, companheiro de ascensão de 2007 no K2. E também com Ali, outro amigo que inicialmente deveria subir com um alpinista iraniano com quem partilho a licença de escalada e a logística do CB. Só que após umas semanas decidiram que haveria melhores hipóteses se subisse só ele.
Dia 8 subimos os três carregados com 400 metros de corda, do C2 ao C3, para cumprir uma partilha de tarefas com as outras expedições e regressámos aos 6.000 m do C2 para dormir. No dia 9 ascendemos ao C4 diretamente para recuperar o tempo perdido. Para o dia 10 existiam previsões de ventos baixos e todas as equipas (duas coreanas, uma austríaca internacional e a nossa) estavam prontas no C4 para, em conjunto, tentarem o cume do Nanga Parbat.
Cerca de 30 escaladores concordaram começar a ascensão ao cume por volta da meia-noite, mas só pelas três e tal começámos a ouvir ruídos de gente a sair das tendas. Desde logo, passámos para a frente do comboio e nunca mais fomos substituídos no trabalho de abrir trilho na neve. Revezávamos, eu, o Amin e o Ali. Após umas horas, já com a luz do dia a chegar e na hora de maior frio, os sherpas da escaladora coreana Un-Sun, a respirarem oxigénio artificial, passaram também a colaborar. Depois de atravessarmos planos de neve, entrámos num misto de neve e rocha, que retoma a vertical na fase final da ascensão, até um ponto onde não se pode subir mais. A chegada ao cume foi impressionante, como o é sempre num cume que não conhecemos... e também foi mais ventosa do que esperava. Tiro fotos, tento filmar mesmo com a ventania que ajuda a baixar a temperatura... já passa das 13 horas e pela hostilidade do vento decido que não quero ficar ali nem mais um minuto.
Descemos rapidamente e cruzámo-nos com outros alpinistas. A descer, alguns estão a meia hora de distância, mas a subir podem estar a mais de duas horas e os últimos a quase o dobro da distância, pensava eu... Passo a noite no C4, mas antes de dormir faço água, derretendo neve, para beber durante a noite. No dia seguinte, às 8 horas, enquanto desmanchava a tenda, vemos alguns alpinistas coreanos que ainda estão a descer, mas muito atrasados e muito cansados.
Descemos ao CB no dia 11, carregados com todo o equipamento e depois do almoço entro na tenda para não voltar a sair, senão no dia seguinte... e no dia seguinte as notícias não são as melhores: um austríaco está desaparecido e uma escaladora coreana, Mi-Sun, morre numa queda... Triste episódio, este, do Nanga Parbat, que continua a fazer jus à sua reputação de montanha assassina...
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