Ser treinador de futebol nunca foi apenas preparar treinos e jogos. Desde sempre, os melhores compreenderam que treinar é, acima de tudo, liderar pessoas, gerir emoções, compreender culturas e, sobretudo, inspirar. O treinador português é isso mesmo — competente, adaptável, inteligente e capaz de transformar contextos difíceis em histórias de sucesso.
Hoje, somos reconhecidos em todo o mundo e continuamos a mostrar qualidade e visão. Marco Silva, Nuno Espírito Santo, Vítor Pereira, Rúben Amorim e Paulo Fonseca destacam-se nas Big Five, e recentemente vários técnicos portugueses conquistaram títulos internacionais fora da Europa — Jorge Jesus, Abel Ferreira e Artur Jorge na América do Sul, e Leonardo Jardim na Ásia.
Há uma verdade que não podemos ignorar: os
últimos títulos europeus conquistados por treinadores portugueses foram
alcançados em 2011, por André Villas-Boas — que hoje é presidente —, e em 2010,
2017 e 2022, por José Mourinho.
Continuamos a inspirar o mundo, mas falta-nos voltar às grandes decisões e
afirmar, de novo, Portugal e os treinadores portugueses no topo do futebol
europeu.
É legítimo que as escolhas de carreira considerem fatores financeiros. Mas quando se atinge um certo patamar, o verdadeiro desafio é outro: deixar uma marca, construir um legado, conquistar algo que fique para sempre.
Precisamos de voltar a acreditar que é
possível. Será novamente com Mourinho — ou com um novo Mourinho? Não uma
réplica, mas uma nova referência.
O desafio é grande: acreditar, ousar e voltar a conquistar a Europa.