Ronaldo falhou

O desempenho na África do Sul não foi suficiente para alterar a imagem com a Seleção Nacional deixara Portugal. Os 7 golos marcados à Coreia do Norte foram apenas fogo de vista. Com Costa do Marfim, Brasil e Espanha pouco ou nada foi feito para ganhar.

É verdade que os portugueses não se sentem enxovalhados como franceses ou italianos e que Carlos Queiroz não terá de se explicar no parlamento, ao contrário de Domenech, mas ao invés do que diz o selecionador nacional há poucas garantias que os adeptos possam estar descansados quanto ao futuro. Na hora de atribuir responsabilidades à falta de ambição, à pouca bravura da equipa, o primeiro responsável é Carlos Queiroz. Um treinador com medo - como se viu quando tirou Hugo Almeida, passando precisamente essa mensagem para o adversário - dificilmente torna a equipa empolgante.

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Esta constatação não invalida que se reconheça o desadequado comportamento de alguns jogadores: de Deco, a Ronaldo, passando por Liedson, que já pondera deixar a Seleção só porque não jogou tantos minutos como desejados.

Mas agora é de Ronaldo que falamos. Ainda em Portugal, o jogador do Real Madrid prometera "explodir". Na verdade explodiu de raiva porque dentro do relvado voltou a passar ao lado de uma grande competição: "Perguntem ao Carlos Queiroz". Ronaldo é o mais brilhante jogador da Seleção Nacional. Tem um estatuto a defender. Pode sentir-se frustrado - tinha razões de sobra para isso - mas o que não pode fazer é fugir às suas responsabilidades.

Ronaldo foi cruel com os seus companheiros. Não deu a cara por eles. Num momento difícil mereciam que o tivesse feito.

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