No passado domingo, no estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, disputou-se o dérbi vimaranense entre Moreirense e Vitória. Na primeira volta, no D. Afonso Henriques, o Vitória conseguiu os três pontos, vencendo por 1-0. Desta vez, o Moreirense, em sua casa e jogando com muita personalidade, impôs a divisão de pontos com um empate a dois.
Os dois emblemas apresentaram-se em campo com objetivos diferentes e, por isso, o empate tem também sabores distintos. O Vitória, que persegue o quinto lugar e o potencial acesso à Liga Conferência, viu a distância para o Santa Clara aumentar. Já o Moreirense, que está no 10.º lugar, encurtou a distância para o lugar acima, ocupado, para já, pelo Estoril.
Quem foi ao estádio e à acolhedora Vila de Moreira de Cónegos deu o seu tempo por muito bem empregue. O jogo foi uma grande festa do futebol. Muito bem disputado, desde o primeiro minuto até ao apito final, com muitos golos e com a incerteza no resultado a alimentar a emoção dos adeptos nas bancadas.
O Moreirense entrou bem e marcou aos 31 minutos, com um golo feliz de Schettine. O Vitória respondeu seis minutos depois e repôs o empate com uma cabeçada imponente de Telmo Arcanjo. Na segunda parte, e na procura dos três pontos, o inevitável Telmo Arcanjo, aos 51 minutos, colocou o Vitória à frente do marcador. Mas o jogo não estava fechado e aos 77 minutos chegou o segundo golo do Moreirense e o empate final.
O dérbi vimaranense da Liga Portugal é uma marca distintiva do concelho de Guimarães e afirma a nossa relevância no panorama desportivo nacional, em que só Lisboa e o Porto se equiparam. Deixo por isso uma nota enaltecer os adeptos das duas equipas que, mais uma vez, exibiram a devoção pelos seus emblemas, sempre com grande elevação e urbanidade.
Este sábado, frente ao Santa Clara, todos os caminhos vão dar ao D. Afonso Henriques. Será, certamente, um grande momento de afirmação do Vitória na luta pelo quinto lugar na Liga Portugal e pelo acesso à Liga Conferência.
Por Ricardo Costa