Estamos em outubro, mês propício à instabilidade do tempo. No sábado, o sol brilhou; no domingo, uma “molha das antigas” em Lamas quase transformou o jogo numa lotaria. Nada de novo, dirão. A festa da Taça escreveu-se com mérito, mas também com chuva intensa, daquelas que testam tanto o relvado como a paciência.
Ainda assim, a equipa vitoriana respondeu bem, com a concentração que se pedia para evitar que o mau tempo se prolongasse para lá dos noventa minutos. Segue-se novo teste em Famalicão - e queremos, naturalmente, que o sol volte a brilhar.
Numa semana marcada também pelas contas, é impossível não encontrar semelhanças entre o clima do fim de semana e o da tesouraria. Se fosse o Instituto Português do Mar e da Atmosfera a fazer o relatório, talvez dissesse que os dias ensolarados trazidos pelo anticiclone europeu da Conference League, responsáveis pelo maior resultado líquido da história, podem dar lugar a mudanças bruscas de tempo, à medida que novas nuvens se aproximam.
A pressão atmosférica financeira continua concentrada no curto prazo, e as frentes frias que se desenham podem trazer tempestades reais. Sem o anticiclone do sucesso europeu a proteger-nos esta época, e com nuvens de incerteza a pairar sobre o horizonte desportivo, o mapa meteorológico do Vitória revela zonas de turbulência e pressão intensa sobre a tesouraria, o que deve preocupar-nos.
O essencial é que saibamos preparar-nos para o inverno, mas sem comprar o primeiro guarda-chuva que aparecer, antes de percebermos se é resistente ou se se vira ao primeiro sopro de vento.