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Emanuel Silva e João Ribeiro andaram sempre em lugares de pódio até serem ultrapassados mesmo ao cair do pano. João Pereira foi de trás para a frente e quando os adversários deram por ele, já estava a lutar pelas medalhas. No intervalo, meti-me num táxi A distância entre a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Forte de Copacabana é curtinha, diz-me o Google Maps. Não mais de cinco minutos. Mal me sento, ainda não tive sequer oportunidade de dar um ‘oi’ ao motorista, já estou parada no trânsito. Era o que mais me faltava depois de ver uma ‘quase’ medalha.
O percurso curto demora quase uma hora. As ruas estão cortadas para os triatletas passarem, logo é preciso andar. Quanto? "20 minutos", diz o taxista. "20 minutos à brasileira?", perguntamos. "Sim, sim", reponde de volta o motorista. Contemos então com uns 50 minutos de jogging. Na Avenida Atlântica é a confusão. É feriado no Rio, a praia está cheia, há manifestações antiTemer, estão mais de 30 graus e a circulação é impossível. Tento entrar no recinto. "Aqui não dá, só espectadores". A volta para a entrada de jornalistas demora mais uma hora, entre veraneantes , manifestantes e uns quantos errantes. Quando chego ao Forte de Copacabana, já os manos Brownlee se prepararam para subir ao pódio. Quase cheguei a tempo, quase vi o resultado histórico de João Pereira. Foi o dia do ‘quase’, o dia do ‘faltou um bocadinho assim’.