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Cronistas
Lídia Paralta Gomes Editora

Tristeza e esperança

É difícil ser-se absolutamente imparcial quando cobrimos uns Jogos Olímpicos. É difícil não festejar as vitórias, mais complicado ainda não sofrer com as derrotas, principalmente quando conhecemos o percurso dos atletas e o que trabalharam para chegar aqui. Ontem custou ver a tristeza de Joana Ramos e Sergiu Oleinic na passagem pela zona mista, porque, parece-me, estariam a valer mais do que apenas duas visitas ao tatami do Arena Carioca 2, depois de ambos se estrearem com autoridade. Não sei bem se é pouco profissional dirigir uma palavra de apoio aos atletas nestas alturas. Se é, peço desde já desculpa aos deuses do jornalismo, porque pequei. Mas sem culpa. Hoje há nova oportunidade para sorrir. Telma Monteiro tentará uma medalha olímpica que já merece e que seria o laço no topo do belo embrulho que é o seu palmarés. O desejo é grande: basta ler na peça ao lado toda a logística criada para que a melhor judoca portuguesa de sempre só tenha de se preocupar em combater. E não pensem que o facto de Telma vir de uma longa paragem por lesão a torna menos perigosa. Na verdade, bem antes pelo contrário, porque já a vi vencer um Campeonato da Europa numa situação bem similar. A minha aposta? Vencendo o primeiro combate, Telma vai por ali fora e hoje festejaremos a primeira medalha de Portugal nestes Jogos Olímpicos.

Por Lídia Paralta Gomes
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