Em Alvalade vai jogar-se o campeonato mas nem todo o campeonato; vai jogar-se a rivalidade de sempre entre dois clubes que adoram vencer o outro; vai jogar-se (mais) um acerto de contas entre Vitória e Jesus; e (mais) uma disputa entre dois presidentes, um quase novato e outro quase veterano. Vamos ao Sporting-Benfica.
Todos os anos é assim, mas este ano começa por ser diferente porque entre o Benfica ganhar ou perder pode estar a diferença entre ser campeão ou não. Nenhum dos dois (na verdade, três) desfechos é definitivo, porque há mais calendário pela frente, mas este é o jogo mais difícil do candidato ao tetra. E o FC Porto, que persegue o Benfica, agora a três pontos, sabe bem que ficar mais um ano a ver navios é um atestado de insucesso do seu presidente, que antes era infalível.
No duelo entre Jesus e Vitória, longe vão os tempos em que o primeiro espezinhava o segundo. Vitória conquistou lugar de respeito por mérito próprio, com equipas com muito mais jovens do que Jesus gostava de ter. As favas deixaram de ser contadas.
Bruno de Carvalho e Luís Filipe Vieira têm um duelo muito particular, porque aos desafios do primeiro o segundo nunca responde. O presidente do Benfica achará que o líder dos leões ainda tem de comer muita papa Cerelac para lhe dar atenção, pelo que os ataques ou a respostas a Bruno são desferidos por intermediários. Como o próprio Bruno saberá, só no dia em que for campeão a sua voz calará a de outros. Mas isso já não é este ano. Mesmo que, este ano, a decisão do título passe por Alvalade. Como, supomos, todos veremos no fim-de-semana.
PS: Cristiano Ronaldo há de envelhecer a marcar hat tricks, como o desta semana. Há quantos anos não tem ele uma época má? Pois é...