Dentro de um ano, todas as atenções dos fãs do desporto estarão centradas em Paris, para uns Jogos Olímpicos que prometem emoções fortes e que, como em tantas outras edições, serão palco do concretizar de sonhos. Sonhos dos adeptos, mas especialmente de atletas, que lutam ano após ano pelo direito de lá chegar. Um deles, um dos que sonha estar presente, é José Sousa, atleta português que trabalha há vários anos pela chance de, um dia, alcançar uns Jogos Olímpicos. Focado na maratona, o atleta natural da Tocha vai estar presente dentro de menos de dois meses em Berlim, numa prova na qual tentará a obtenção de uma marca que represente um novo recorde pessoal (o seu atual está fixado em 2:18:34).
O treinos começaram há muito, praticamente depois da última maratona que realizou, em Genebra, no mês de maio. "Fiz uma pequena pausa de três semanas. Nunca deixei de treinar, mas reduzi baste no total de quilómetros diários. Agora já voltei a treinar normalmente, faço dois treinos por dia, num total de aproximadamente 180 quilómetros por semana, que estou a aumentar gradualmente", explica ao nosso jornal o atleta, que para lá dos treinos diários, tem ainda uma rotina exigente do ponto de vista laboral - trabalha 8 horas diárias, numa casa de peças para automóveis (ver exemplo de semana de treinos abaixo).
É assim que, todos os dias, ao longo das últimas semanas e até ao dia 24 de setembro, trabalhará para se apresentar na melhor forma em Berlim. Por agora, assume, "tudo está a correr bem". "Faço dois treinos por dia, que têm corrido muito bem até muito graças a um amigo meu, que me tem acompanhado todos os dias de bicicleta às 6 horas da manhã e faz em média 1h30 de treino comigo. Pode não parecer muito, mas ele estar lá a acompanhar-me é muito motivador. Treino há vários anos sem qualquer tipo de companhia. Para já os indicadores são muito bons, a nível de ritmo de treino estou no bom caminho", aponta o atleta de 33 anos, que olha para Berlim como uma prova perfeita para apresentar a sua melhor versão. "Dispensa apresentações, é extremamente rápida. Espero que os astros se alinhem e que possa ter uma performance ao nível do que sei que estou a valer, uma marca na casa das 2:15 horas".
Em Berlim também terá a chance de correr na mesma elite onde entrará Eliud Kipchoge, o atleta apontado por praticamente todos os analistas como o melhor maratonista de sempre. E isso, confessa, torna desde logo esta maratona em algo especial. "Partilhar a estrada com o Kipchoge será semelhante a um jogador de futebol não profissional ter a oportunidade de se cruzar no relvado com o Cristiano Ronaldo, não se pode almejar mais quando pensamos em super-estrelas", admite.
Betano presente e essencial
Atleta semi profissional, José Sousa conta com um apoio que considera essencial da Betano, casa de apostas que através do projeto 'Heróis Betano' apoia vários atletas nacionais a atingirem os seus objetivos. Ao nosso jornal, o maratonista admite que esse apoio surgiu "numa fase muito importante" da sua carreira, ainda que quando apresentou a candidatura tenha pensado que nunca seria realidade. "Limitei-me a contar a minha vida enquanto atleta/trabalhador, a minha rotina. Achei quase impossível conseguir o apoio, mas se formos ver todos os atletas do programa Heróis Betano, todos têm uma coisa em comum: precisavam de um apoio como este que nos abraçou. Eu falo por mim, mas neste momento sinto mais determinação em lutar pelos meus objetivos", assumiu.
Fazer parte do projeto 'Heróis Betano', admite, tem-lhe "aberto as portas dos maiores palcos mundiais dos 42.195 m" e, por isso, assume-se "imensamente agradecido". "É um orgulho tremendo ser apoiado pela Betano, uma casa de apostas que além de patrocínios no desporto profissional, evidencia uma enorme preocupação e carinho com os atletas amadores, e que no meu caso revela uma preocupação constante comigo, com a minha preparação e evolução, perguntando muitas vezes quais são as minhas necessidades no momento. Só posso dizer uma palavra: obrigado".
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