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Ficaram este sábado definidos os seis representantes dos Estados Unidos na maratona dos Jogos Olímpicos, nuns trials que foram os mais concorridos da história do atletismo do país, com a presença de mais de 700 corredores à partida em Atlanta. Nem todos correram rápido - pelo menos ao nível da elite -, mas a verdade é que o evento foi marcado por vários duelos incríveis e muitas surpresas.
No plano masculino a única colocação que era esperada à partida foi a de Galen Rupp, que uma vez mais venceu estes trials - tinha ganho em 2016 -, agora com 2:09:20 horas. Um registo algo modesto, é certo, mas que se justifica pelo perfil bastante exigente do traçado de Atlanta, com muitas subidas bem complicadas. E se a vitória era esperada, o que se seguiu... nem tanto. É que os dois restantes atletas qualificados estavam bem longe de ser vistos como candidatos ao top-10.
Jacob Riley, o segundo colocado com 2:10:02, esteve dois anos sem competir e apenas voltou ao ativo no segundo semestre do ano passado (foi nono em Chicago, com 2:10:36), ao passo que o terceiro colocado Abdi Abdirahman (2:10:03) conseguiu o feito incrível de se apurar para os Jogos Olímpicos aos... 43 (!) anos. Se tudo correr bem, Abdirahman marcará presença nos seus quintos Jogos consecutivos, depois de 2000, 2004, 2008 e 2012.
Quanto à prova feminina... foi tudo inesperado. As grandes favoritas não confirmaram o seu estatuto - a única que ficou perto do apuramento foi Des Linden, no quarto lugar; Sara Hall, Emily Sisson e Molly Huddle desistiram, ao passo que Jordan Hasay foi 26.ª -, com as vagas de apuramento a irem para Aliphine Tuliamuk (2:27:23), Molly Seidel (2:27:31) e Sally Kipyego (2:28:52).
A vencedora tinha apenas o décimo melhor tempo entre as participantes e chegou a estes trials depois de alguns anos complicados por lesões, algo que a levou até a ser motorista de Uber para ter dinheiro para manter a sua carreira. Molly Seidel, por seu turno, conseguiu o feito histórico de se apurar para os Jogos Olímpicos na sua estreia na maratona, isto depois de há três anos ter lutado contra um distúrbio alimentar grave. A mais 'normal' de todas acabou por ser a terceira colocada Sally Kipyego, a sexta favorita, que em Tóquio representará os Estados Unidos depois de em 2012 ter estado em Londres pelo Quénia, o seu país natal.
Os seis apurados e as sapatilhas
Um dos temas mais falados destes trials acabaram por ser as sapatilhas dos corredores, especialmente porque a Nike decidiu dar o passo inesperado de dar a todos a possibilidade de utilizar as suas AlphaFly Next%, e naturalmente essa foi uma questão de análise após o final da prova.
A Nike conseguiu colocar-se em quatro dos seis apurados, com a particularidade de o segundo masculino ter sido, ao que tudo indica, um dos que utilizou as sapatilhas oferecidas pela marca - não conta com qualquer patrocínio. Para lá de Riley, também Rupp correu de AlphaFly Next%, ao passo que o terceiro homem utilizou os 'antigos' Vaporfly Next%.
Quanto às senhoras, aqui a 'vitória' nas marcas também foi surpreendente. Acabou por levar a melhor a Hoka One One, que viu os seus Rocket X a vencerem pelos pés de Aliphine Tuliamuk, à frente das Saucony Endorphin Pro de Seidel e das Vaporfly Next% de Kipyego.
Por Fábio LimaTrajeto de 42 km terá início em Carcavelos e chegada na capital
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