Assim terminou A Guerra dos Tronos, uma Canção de Gelo e Fogo

Foto: HBO
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Famílias, relações amorosas e de poder, guerras, traições, surpresas e dragões. Chega ao fim uma série que pregou milhões a ecrãs durante oito temporadas. Este é o resumo do último capítulo dessa história.

Ao fim de oito temporadas, chega ao fim 'Guerra dos Tronos', uma das séries mais amadas desde o final de Breaking Bad. Dezenas de episódios depois acabam as teorias sobre o destino das personagens mais amadas de Westeros. E o que acontece a Bronn? O Jon Snow vai ser o líder dos Sete Reinos? O último dragão chega à adolescência e os testes psicotécnicos ditam que deve seguir soldadura? As respostas estão no sexto episódio da oitava temporada, a última temporada da série original. Abaixo do vídeo com o trailer para este capítulo tem o resumo do episódio. Caso não queira continuar a ler, não passe do vídeo. E não se esqueça: Valar morghulis (Todos os homens devem morrer).

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Tyrion passeia-se por entre as cinzas e os corpos queimados por Daenerys e Drogon. Atrás de si segue Jon Snow. O ar na cara do anão é de desolação total, não desespero, como quando viu Shae testemunhar contra ele, mas de um lamento inaudito. É um homem acabado e muito mais envelhecido do que quando o vimos pela primeira vez num bordel em Winterfell. Nas ruas de Porto Real o ditado ganha vida: o Inverno chegou e veio acompanhado de morte, cinzas e neve.

O Duende pede para que o deixem a sós a Jon e Sir Davos. As suas vestes estão imaculadas, contrastando com a destruição que o rodeia e pela qual ele avança decidido.

Pelas ruas do que fora Porto Real, Verme Cinzento prepara-se para executar os prisioneiros de guerra e todos os que seguem Cersei Lannister, demosntrando um total desrespeito pelas regras decretadas pela Convenção de Genebra. Quando Jon tenta impedir Verme Cinzento de prosseguir com as execuções, os Imaculados apontam-lhe as lanças. A tensão é enorme e os inimigos de Daenerys são degolados um a um, depois de Jon desistir do confronto.

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Tyrion passeia-se pelo castelo de Porto Real e a sua pequena estatura permite-lhe atravessar um estreito espaço e passar para a secção do castelo onde o seu irmão, irmã e sobrinho ficaram sepultados. Descobre a mão dourada de Jamie, o seu melhor amigo e a cara de Cersei. É por ela que derrama as primeiras lágrimas, a mulher que fez uma das missões da sua vida matar o anão. Torna-se claro mais à frente que não é só Tyrion que fica irracional com o amor. 

Por entre Dothrakis e Imaculados, Jon avança, em busca da rainha a quem jurou lealdade eterna. São centenas de homens que não hesitarão em matar qualquer opositor de Daenerys. Mesmo que seja um Targaryen – ou especialmente se for um Targaryen.

Jon, como sempre, mostra ter medo. Mas não cede a ele e vê a governante caminhar em frente, olhando para a destruição com uma expressão de orgulho. As suas palavras são ouvidas a muitos metros de distância pelos soldados Dothraki que berram a plenos pulmões e cujos cavalos não deixam de relinchar. Como se ouvem as palavras de Danny é um mistério. 

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Atrás da rainha aguardam Jon e Tyrion. À sua frente, os soldados ouvem enquanto Daenerys promete continuar a lutar até libertar todo o mundo, de Winterfell a Dorne. A Mãe de Dragões provou sangue e tomou-lhe o gosto e não vai parar enquanto não dominar todo o mundo.

De entre tantos homens musculados, Tyrion é quem se chega a frente. A curtos passos coloca-se ao lado da sua rainha que o acusa de traição por ter libertado o irmão. "Eu libertei o meu irmão. Vós haveis chacinado uma cidade", responde o anão, enquanto tira o broche de Mão da Rainha, atirando-o para o chão. É dada a ordem de prisão para o antigo conselheiro, levado por dois Imaculados. Nesta altura o destino não parece promissor para o último dos Lannisters.

Fogo (Danny) e Gelo (Jon) trocam um olhar, sendo que Daenerys deixa o seu antigo amante para trás, que não se apercebe de Arya a chegar. "Vim matar a Cersei. A tua Rainha antecipou-se." "Agora é a rainha de todos", responde Snow. "Diz isso à Sansa", desafia a mulher das 1.000 caras.

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(No intervalo do Sy FY existe um anúncio a um filme de terror natalício. Em Junho. Talvez o Natal tenha chegado demasiado cedo no canal da fantasia.)

Nas masmorras, Jon encontra um Tyrion que se tenta conformar com a morte que sabe que o espera. E o anão pede e Jon que páre de ser inocente. "Achas mesmo que a guerra acabou?" Mas Jon continua a defender Daenerys, mesmo perante o indefensável. A espinha do antigo Corvo dobra-se perante a sua nova coqueluche, traindo o Jon que virou as costas à mulher que teve coragem de lhe dizer que nada sabia. O amor estupidifica? Se tomarmos SNow como exemplo, a resposta é: "Sim. E muito".

Tyrion confessa ter acreditado em Daenerys e que essa crença era motivada pelo amor, "muito mais forte que a razão". "O amor mata o dever", lembra Snow, citando Aemon Targaryen. Mas Tyrion reverte a filosofia: "Por vezes o dever mata o amor", sugerindo que cabe a Jon terminar com a loucura de Danny.

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Num frente a frente entre o dragão restante e Jon, às portas da sala onde está Danny, fica claro que o réptil gigante entende que deve ser subserviente ao alegado bastardo, mostrando que também ele é conhecedor do segredo da linhagem do Targaryen de cabelo negro.

Na sala do Trono de Ferro – sem telhado ou paredes -, Danny toca no seu objectivo máximo ao fim de oito temporadas. Está frente ao trono onde o seu pai se sentou enquanto mandava queimar todas as pessoas de Porto Real. Ele mandou, ela queimou mesmo e agora é odiada por isso.

Jon confronta Danny, tentando apelar à bondade dela, mas a Mãe de Dragões mostra não estar arrependida de nenhuma das suas ações, afirmando que o seu objetivo é "um mundo de bem". A Rainha mostra as verdadeiras cores de ditadura quando diz a Jon que será ela a definir o que é bom e o que é mau e que, quem não concordar, terá de lidar com isso. E pede a Jon que a acompanhe na sua demanda pelo controlo mundial, ao que este responde: "Sois a minha rainha, agora e sempre", beijando-a de seguida, apenas para a apunhalar durante o beijo, sem que Danny se pudesse aperceber do que aí vinha. Um final trágico para os dois amantes.

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Chamado pela morte da sua mãe, o último dos dragões entra na sala do Trono, desafiando o último dos Targaryen. Nessa sequência, queima o Trono de Ferro, forjado por fogo de dragão e destruído da mesma forma. O animal pega então em Daenerys, a Mãe de Dragões, Libertadora de Escravos e Quebradora de Correntes, e desaparece com ela entre as suas garras, em direção ao horizonte, enquanto Jon Snow fica a observar a partir da sala onde antes estava o Trono de Ferro. O episódio poderia ter acabado aqui, deixando em aberto todo o futuro, mas como acontece no final de How I Met Your Mother, vivemos um longo período de tempo em poucos minutos.

Alguns meses passados desde a morte de Danny, Tyrion é escoltado para fora da sua cela por Verme Cinzento. À sua frente estão Sansa, Arya, Bran, Davos, Gendry, Brienne e outros senhores dos reinos. Sabemos que Jon é prisioneiro dos Imaculados e que os homens do Norte cercaram a cidade, estando prontos para a tomar, caso não devolvam o Rei no Norte.

Tyrion desafia os senhores ali presentes a escolherem um rei que os governe para sempre. Sam propõe que se façam eleições, inventando o conceito de democracia pelo caminho. Mas os outros riem-se da sua ideia absurda. Afinal, a democracia é a pior de todas as formas de governo (exceptuando todas as outras), como diria um governante muitos séculos mais tarde e noutra realidade sem dragões.

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Oanão desafia Bran, o guardador de memórias, a ser o líder dos Sete Reinos. O Corvo de Três Olhos aceita, dizendo que apenas se tinha deslocado àquela reunião por saber que era esse o seu destino. Todos os senhores aceitam essa nomeação, menos Sansa, que declara a independência do Norte face ao resto do reino. E assim foi coroado como Rei dos Sete Reinos Bran, o Quebrado, que nomeia Tyrion como Mão no ato.

Jon, nos calabouços, recebe a informação de que foi condenado a passar o resto da vida na Patrulha da Noite, um castigo para este antigo Corvo, já que terá de passar o resto da vida a lembrar que matou a mulher que amava, enquanto observa a neve branca no horizonte.

Junto aos barcos que os irão levar cada um ao seu destino, Jon diz a Sansa que o Norte terá a filha de Ned a governá-lo e que não poderia pedir melhor. Arya informa que irá viajar para onde os mapas acabam, descobrindo o que está para lá de Westeros. E Brandon garante que Jon esteve sempre onde precisava de estar, não havendo qualquer motivo para arrependimento na sua história. E assim se separam os caminhos dos Stark, de uma vez por todas.

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Em Porto Real é apresentado o conselho de Bran que é composto por Sir Bronn (Mestre da Moeda), Sir Davos (Mestre dos Navios), Sam (Grão-Mestre) e Brienne (Líder dos Mantos Dourados). O primeiro tema discutido é a reconstrução dos bordéis. Acreditamos que a Mão seja favorável a esta decisão, já que foi num bordel que foi visto pela primeira vez e talvez seja por essa característica tão própria que optaram por não o incluir no relato de todos os acontecimentos desde a morte de Robert Baratheon, num compêndio com largas centenas de páginas.

Arya parte em direção aos confins do mundo. Sansa torna-se a Rainha no Norte. E, em Castelo Negro, Jon reencontra Tormund, os selvagens e o seu fiel companheiro Ghost. Faz sentido voltar ao sítio onde foi mais feliz. E também onde foi mais vezes esfaqueado pelos companheiros e amigos.

E com este final termina a Canção do Fogo e do Gelo. Oito temporadas, dezenas de teorias sobre os finais possíveis e centenas de conversas à volta de uma série sobre homens, relações, poder e dragões. Que a orfandade de uma série tão global não seja longa. Até lá, não se esqueça: Valar morghulis.

Autor: Sábado

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