Ex-jogadores do Rio Ave confirmam terem sido aliciados para perderem frente ao Benfica

Cássio e Marcelo, antigos jogadores do Rio Ave, testemunharam esta quarta-feira, no Tribunal de Matosinhos, no âmbito do julgamento do caso de aliciamento a ex-atletas dos vilacondenses que tem César Boaventura como arguido. A suspeita é de que o empresário terá aliciado aqueles jogadores, bem como Lionn e o ex-maritimista Salin, na época 2015/16, em alegado favor do Benfica.

Nas suas declarações, noticiou o 'Público', Cássio reiterou a ideia de que César Boaventura o tentou aliciar com 60 mil euros, de forma a que este favorecesse os encarnados em campo. "Ele tinha interesse que o Benfica vencesse o jogo e disse para fazer o que tivesse de fazer. Eu disse que não, pedi que saísse do carro e ele disse que, se não aceitasse, o Marcelo e Lionn aceitavam", afirmou.

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Pelo seu lado, Marcelo disse ter achado que a abordagem se tratava de "uma brincadeira", o que, de alguma forma, contrariou o seu depoimento de 2017 sobre a situação, no qual afirmou que o agente lhe tinha sugerido cometer uma falta para penálti na partida com as águias. "Ele ligou e apresentou-se, perguntou se estaria interessado numa proposta de fora. Eu disse-lhe que aquela não era uma boa semana, que tinha jogo. Ele insistiu e disse que queria falar comigo", acrescentou o central.

O Ministério Público acusou César Boaventura, que já não está em prisão domiciliária, de três crimes de corrupção ativa e um de corrupção ativa na forma tentada. De notar que o processo não afeta os encarnados, uma vez que os magistrados consideraram não ter ficado provado que o arguido tenha sido instruído pelo Benfica para o cumprimento de qualquer tarefa relacionada com o caso.

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De recordar que a Liga Portugal, o FC Porto e o Sporting são assistentes no processo. A próxima sessão do julgamento está marcada para dia 17, da parte da tarde.

Por Record
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