Pedro A. Neto: «Queremos transformar lama do futebol em terra fértil para os Direitos Humanos»

A Amnistia Internacional Portugal voltou a dizer ‘presente’, numa altura em que se continua a assistir a episódios discriminatórios no futebol. "Eu Jogo Pelos Direitos Humanos" é um projeto inédito que, para além de uma campanha de sensibilização, pretende apostar na formação "de todos os agentes desportivos". Do seu lado, a Amnistia conta com a Federação Portuguesa de Futebol, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, vários jogadores, treinadores, árbitros, bem como outros parceiros.

"Pretendemos unir o futebol, colocar os intervenientes e os agentes do futebol a falar de direitos humanos e a refletir isso mesmo para a sociedade. Eles têm uma influência enorme e muitas vezes só os ouvimos para falar do jogo, mas eles têm muito a dizer. Muitos deles também sofrem e são vítimas", explica Pedro A. Neto – director executivo da Amnisita Internacional Portugal – a Record.

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Com o intuito de fazer "chegar a mensagem dos Direitos Humanos mais longe", a organização lança-se com rostos bem conhecidos.

João Félix, Jéssica Silva, Bernardo Silva, Ana Borges ou Fernando Santos são alguns dos nomes que veiculam este movimento, mas Pedro A. Neto esclarece que agora o propósito de consciencialização não se ficará por aqui: "Vamos intervir em conjunto com as várias entidades dando formações para que os intervenientes, e também os de competições inferiores, possam ser embaixadores dentro de campo e fora dele".

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E a Amnistia quer mesmo mudar paradigmas. "Há quem diga que há muita lama no futebol. Nós queremos transformar essa lama em terra fértil para os Direitos Humanos", refere o director executivo, acrescentando que, mais tarde, se pretende "chegar a outras modalidades".

Refira-se que, recentemente, a Amnistia Internacional teve mão numa tentativa altamente debatida por um consórcio de compradores, incluindo o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, em adquirir o Newcastle United Football Club. Daí lançaram-se várias questões relativamente aos Direitos Humanos em torno de proprietários de clubes da Premier League e a estrutura propôs, precisamente à liga inglesa, um novo teste a ser feito a interessados compradores e diretores.

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Por Rita Pedroso
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