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Os jogadores e a equipa técnica do Farense trocaram esta quinta-feira o habitual treino no campo ou no ginásio por uma sessão de atividades náuticas em plena Ria Formosa, tradição já habitual nas últimas pré-épocas para fomentar o espírito de grupo, com a colaboração do Clube de Surf de Faro.
Entre canoagem, stand up paddle (SUP), surf e um jogo do mata, imperou a boa disposição constante, mas houve quem terminasse a manhã mais cansado e a pedir ao treinador José Mota um treino bem mais leve no dia seguinte...
Elves Baldé e Pastor foram os principais animadores de serviço, enquanto Rodolfo Oliveira, curiosamente, neto de um antigo presidente do Farense, dava as instruções acerca das diversas atividades.
Pelo meio, enquanto Talys, em cima da prancha de SUP, exclamava para os colegas que "isto não é para mim, não, velho!", o barco dos capitães Marco Matias, Talocha e Ricardo Velho virou – "estava a deixar entrar água", foi a justificação – e o guarda-redes fez uma sessão de ski aquático, com a ajuda de uma mota de água.
Mais de uma hora depois do arranque da iniciativa, Miguel Carvalho chegou à zona da Barrinha. "Mal seria se um algarvio não fosse o primeiro a chegar", afirmou o guarda-redes, com convicção.
A competitividade estava quase posta de lado, até que um jogo do mata improvisado entre dois grupos no areal elevou os ânimos, com um final polémico, em que ambos os conjuntos reclamavam posar para a foto que consagrava os vencedores.
Seguiu-se o surf e o lateral direito Pastor revelou-se o maior fã, ficando minutos extra a tentar apanhar a melhor onda. "Alguém que tire o Pastor da água", gritou-se.
O capitão Marco Matias ofereceu uma camisola assinada por todos os jogadores aos dirigentes do Clube de Surf de Faro, que tem realizado este tipo de iniciativas com o plantel do Farense de forma consecutiva nos últimos anos.
Laços reforçados
No final, o reforço Filipe Soares fez o balanço da ação. "Correu muito bem, foi uma ótima experiência e uma excelente ideia. Pelos vistos o clube já faz isto em todos os inícios de época e eu nunca tinha participado em nada do género, integrado numa equipa de futebol. Uma vez fizemos um peddy papper, mas esta iniciativa foi diferente e bem mais espetacular, com mais atividades, bom tempo, ondas e ainda jogámos ao jogo do mata... Uma bela manhã!", referiu o médio.
O jogador experienciou novas vivências. "Nunca tinha feito stand up paddle, surf também foi novidade para mim. O surf foi mais engraçado, apesar de não ter conseguido manter-me em cima da prancha. Acho que não consegui apanhar nenhuma onda boa... É muito difícil, é preciso equilíbrio, e tenho de trabalhar mais isso. Irei cá voltar, de certeza", assinalou.
A sessão traduziu-se, também, numa interação diferente entre todos os elementos do grupo. "Tive oportunidade de estar ao lado dos meus colegas de equipa de uma outra maneira, fora do futebol, o que é ótimo. Vamos seguramente criar laços mais fortes com iniciativas como esta, o que é importante para que tudo corra bem durante a época, pois reforça o bom ambiente que já existe", adiantou o jogador, referindo que foi bem recebido: "Não foi nada difícil ambientar-me, todos têm sido espetaculares!"
Fora dos relvados ou do ginásio, a ação acabou, no entanto, por exigir algum esforço físico. "Se temos de pedir um treino mais leve depois de tudo isto? Acho que sim. As pessoas podem pensar que o que fizemos foi relaxante, e a verdade é que assim sucedeu e divertimo-nos imenso, mas também foi desgastante e deixará marcas para os próximos dias, sendo que sábado haverá jogo e queremos ganhar", concluiu Filipe Soares.
Por Edgar Pires