O BOAVISTA apresenta-se para a nova época de cara lavada. Desde logo pela saída de 10 jogadores que integravam o anterior plantel, mas também porque o clube vê partir dois dos seus elementos mais emblemáticos dos últimos anos, casos de Paulo Sousa (por opção) e Timofte (terminou a carreira).
Com 12 reforços já garantidos, uma vez que o plantel encontra-se encerrado desde a apresentação pública de Gouveia, esta semana, Jaime Pacheco sabe que terá 30 jogadores à sua disposição para começar a temporada. À partida, como informou o presidente João Loureiro, todos farão a pré-época em Quiaios, de 8 a 15 de Julho. Só depois o treinador decide quais os jogadores a dispensar, uma vez que o próprio já tornou público o seu propósito de não começar a I Liga com mais de 25 jogadores. Quer isto dizer que há ainda cinco profissionais que não vão ficar no Boavista.
Este ano a aposta é clara. Os 400 mil contos anunciados pelo presidente como investimento em reforços fazem pensar em voos mais altos na classificação, apesar de desde logo se saber que o discurso dos axadrezados será o mesmo de sempre: a luta por um lugar europeu. Ao contrário das anteriores, esta época os novos jogadores trazem boas referências, à excepção de Geraldo, que é uma novidade absoluta no futebol português.
Da nova equipa destacam-se desde logo os valores no meio-campo, que tornam esse o sector mais poderoso. É que o Boavista actua normalmente com três ou quatro médios, e este ano pode contar com nove opções. Para além de Emanuel, Rui Bento, Sanchez e Moreira, que continuam, há a registar entradas de atletas que eram titulares nas equipas a que pertenciam. Casos de Pedro Santos e Petit, no Gil Vicente, Frechaut, no Vitória de Setúbal, Mauro, no Penafiel, e Gouveia, nos franceses do Montpellier. Como se vê, opções não faltam para o treinador, naquele que poderá mesmo ser considerado o meio-campo mais forte de sempre do Boavista. E as dores de cabeça de Jaime Pacheco ainda nem começaram...
Mas não foi apenas no sector intermédio que o Boavista se reforçou. Para a baliza, o equilíbrio já era enorme com William e Ricardo. Com o senegalês Khadim, que veio de Felgueiras, a luta pelo único lugar disponível será ainda mais renhida.
Na defesa as "mexidas" não são tão grandes, já que são sete os jogadores que permanecem, com apenas duas novidades. Rui Óscar parece ser o único reforço que terá um lugar assegurado na equipa. O defesa-direito que veio do Marítimo não tem concorrência no lugar, dadas as saídas de Paulo Sousa e Carlos Alberto. Jorge Silva também pode ser opção, tal como Frechaut. Os centrais passam a ser cinco, já que o ex-júnior Ricardo Costa vai rodar entre os profissionais. Na esquerda, Mário Silva e Erivan terão um adversário de peso: Quevedo, regressado a cem por cento de uma lesão que o afastou da competição durante toda a época que terminou. No total, tal como no meio-campo, são nove os jogadores disponíveis.
Para não variar, no ataque são também nove as opções. Jorge Couto, Martelinho, Rogério, Whelliton e Demétrios terão de contar com um nome importante, o ex-bracarense Silva, para além de Rui Lima, que regressa ao plantel após um empréstimo ao D. Chaves, e os brasileiros Geraldo e Fausto.
Para o lado direito estão disponíveis Jorge Couto, Martelinho, Rui Lima e Fausto; para o lado esquerdo, Rogério e Geraldo; e
para o centro, Whelliton, Demétrios e Silva. Muito forte, sem dúvida.
PERMANÊNCIAS (18)
William
Ricardo
Litos
Pedro Emanuel
Quevedo
Mário Silva
Erivan
Jorge Silva
Sérgio
Rui Bento
Emanuel
Sanchez
Moreira
Jorge Couto
Martelinho
Rogério
Whelliton
Demétrios
ENTRADAS (12)
Khadim (ex-Felgueiras)
Rui Óscar (ex-Marítimo)
Ricardo Costa (ex-júnior)
Frechaut (ex-V. Setúbal)
Mauro (ex-Penafiel)
Petit (ex-Gil Vicente)
Pedro Santos (ex-Gil Vicente)
Gouveia (ex-Montpellier, França)
Rui Lima (ex-Desp. Chaves)
Geraldo (ex-Santo André, Brasil)
Fausto (ex-Desp. Aves)
Silva (ex-Sp. Braga)
SAÍDAS (10)
Paulo Sousa
Timofte
Daniel
Augustine
Luís Manuel
Carlos Alberto
Gilmar
Douala
Nilton
Pedro Costa