Zé Gomes, o treinador da Académica, não escondeu a desilusão pela descida dos estudantes à Liga 3. No final do jogo com o Penafiel, que terminou com um empate sem golos, o técnico confessou estar triste, mas explicou que esta descida não significa o fim do clube.
"Quero deixar uma palavra para a família do Kalindi, ele é que não pode fazer mais nada", começou por dizer Zé Gomes aos microfones da Sport TV, lembrando o ex-jogador da equipa que faleceu na semana passada, no Brasil.
"A vida vai continuar, é difícil e estamos aqui para assumir a culpa, eu principalmente, como líder. Restam-nos agora quatro jornadas, temos de dignificar este escudo, dar tudo, como fizemos neste campo. O jogo foi praticamente num sentido, contra uma excelente equipa, bem organizada, mas estamos numa fase em que a bola não quer entrar...", considerou o treinador.
"Os jogadores não são máquinas, trabalham bem, dão tudo, não tenho nada a dizer em relação a isso. Desde que cheguei os resultados não acompanharam a qualidade do jogo, mas isto faz parte do futebol. Há um campeonato competitivo, toda a gente parte do zero, infelizmente calhou à Académica estar nesta situação, ninguém queria, como é óbvio. Estamos muito tristes, os sócios também, mas a Académica não acaba aqui, vai levantar-se e peço que as forças da cidade de juntem e ajudem a levantar este clube. Fazem-me sempre esta pergunta, se me arrependi. Não! É um orgulho, foi um orgulho treinar esta instituição. Demos tudo de nós. Estamos tristes, mas o clube vai continuar, vai-se reforçar-se, vai vir mais forte cá para cima", concluiu.