Arouca-Marítimo, 1-0: Não é para quem tem é para quem quer

Arouca-Marítimo, 1-0: Não é para quem tem é para quem quer
• Foto: manuel azevedo

Mais uma vez ficou demonstrado que também no futebol não dá para ficar descansado à sombra da bananeira à espera que a Lei de Newton faça o seu trabalho. Por isso, um Marítimo com mais recursos técnicos foi derrotado por um Arouca que construiu a vitória com base na vontade, na atitude e na concentração dos seus jogadores. Deu para perceber desde o primeiro segundo que este era um jogo muito importante para os jogadores comandados por Pedro Emanuel, que só tiveram de agradecer o facto de o seu adversário ter estado adormecido quase até ao final do jogo.

Consulte o direto do jogo.

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Até se pode dizer que pelo que produziu nesta partida o Arouca podia ter evitado uns minutos finais de alguma tensão, numa fase em que finalmente deu para sentir um certo cheirinho de Marítimo. Mas então já era tarde para reverter tudo o que acontecera.

Leonel Pontes entrou com Maazou numa das alas e Dyego Sousa no eixo do ataque, apostando em Xavier, que na época passada jogava no Sp. Braga B, numa das outras alas. Xavier viria a ser uma das chaves do jogo, pois viu cedo um cartão amarelo numa simulação ridícula e na 2.ª parte voltou a deixar-se cair na área e foi expulso, num momento em que a sua equipa já estava em desvantagem.

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Numa primeira fase, o Arouca viveu muitas das interações entre Artur e Pintassilgo, colocando grande pressão sobre Briguel e conseguindo por aí os seus melhores lances. Roberto, por duas vezes, esteve perto de inaugurar o marcador. O golo do Arouca só iria surgir no início da 2.ª parte, precisamente por Roberto, o ponta-de-lança da casa que ontem esteve muito ativo. No Arouca também ajudou muito o facto de Baliu ter feito um jogo sensacional, transformando-se quase sempre não num lateral mas num extremo, ele que podia ter feito o 2-0, numa bola que bateu no poste da baliza do Marítimo.

Tentou reagir o Marítimo mesmo com menos um homem em campo, e a verdade é que as entradas de Fransérgio e, sobretudo, Theo Weeks vieram trazer ao meio-campo da equipa insular finalmente algum gás, e só por isso deu para sentir finalmente uma reação da equipa nos momentos finais do jogo, com Maazou a ter nos pés, já no tempo de compensação, o golo do empate, o que seria um castigo pesadíssimo para a formação arouquense.

O Arouca foi uma equipa organizada, que estudou a lição e que sobretudo teve atitude. Pelo seu lado, o Marítimo esteve quase sempre desligado, não conseguiu conduzir jogo pelas alas (bloqueio completo) e foi demasiado diletante na forma como se entregou. E como o mal de uns é o proveito de outros...

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Homem do jogo: Balliu

O lateral-direito catalão esteve em todas e foi significativo o abraço que deu a Pedro Emanuel após o golo. Cansou só de vê-lo evoluir no terreno.

Árbitro: Artur Soares Dias (nota 5)

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O árbitro portuense recentemente promovido à elite europeia foi exemplar na punição de simulações e também na análise de bolas no braço nas duas áreas, tendo ainda bom controlo disciplinar.

Momento

Desta vez não há volta a dar, foi mesmo o golo apontado por Roberto a desbloquear o resultado e a afirmar a supremacia do Arouca.

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Número

7 derrotas fora de casa do Marítimo neste seu percurso no campeonato, só com uma vitória. É a pior equipa neste aspeto.

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