Depois de dois resultados excepcionais, que relançaram a luta pelo título (vitória no Dragão) e a esperança de qualificação para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões (empate em Villarreal), o Benfica regressou à Luz com todo o crédito junto dos seus adeptos. E aquilo que seria apenas um pormenor, previsivelmente com pouca influência no desenrolar do jogo, tornou-se, em determinada fase do jogo, na rede que permitiu à equipa manter a concentração, unir-se e usufruir de um factor favorável que contrabalançava a ideia de que chegou a correr alguns riscos.
Foi o afecto das bancadas e as manifestações de confiança na equipa, que permitiram ao Benfica resistir à desinspiração colectiva, à pouca fluidez do jogo de ataque, aos solavancos da transição ofensiva, ao equilíbrio territorial provocado por um adversário incómodo, inteligente, bem posicionado em campo e com ideias muito claras. Foi essa lua-de-mel merecida pela sequência dos últimos resultados, que permitiu à águia encontrar paciência para, em dois golpes, ganhar um jogo todo ele muito complicado até ao intervalo e no qual não teria disponibilidade para grandes brilhantismos.
Astúcia
O Estrela da Amadora apresentou uma estratégia própria de quem conhecia as opções encarnadas para o jogo, de quem suspeitava de alguma fadiga dos jogadores encarnados e, principalmente, da previsível colocação de Ricardo Rocha como defesa-esquerdo.
António Conceição foi astuto no modo como armou as suas tropas. Sabendo que a defesa a quatro dos encarnados se transformaria facilmente em três elementos, colocou Semedo aberto na esquerda para tapar a vocação atacante de Nélson e dois homens mais adiantados pela zona central (Manu e Rui Borges), obrigando Luisão e Anderson a jogar, durante grande parte do tempo, a pares. Sobrava então Ricardo Rocha, indiferente em termos ofensivos e inútil defensivamente, por não ter a quem marcar. A vantagem numérica do Benfica ocorria num espaço neutro, ou seja, permitia ao antagonista jogar em vantagem estratégica.
Paciência
Mesmo considerado que o Estrela não conseguiu ser perigoso junto à área de Quim (depois, de Rui Nereu), a verdade é que foi uma equipa compacta a defender (Bruno Vale fez apenas uma defesa difícil, a remate de Karyaka, aos 36’) e ameaçadora na explosão para o ataque (não permitiu ao adversário tranquilidade para atacar desenfreadamente). Foi a paciência da equipa comandada por Ronald Koeman e a compreensão dos adeptos perante as dificuldades que reuniram as condições para seguir em busca da vitória.
Os golos
No primeiro remate na segunda metade, aos 50’, o Benfica fez 1-0; no terceiro, aos 63’, elevou a contagem e decidiu a contenda. A partir desse momento, os parâmetros do jogo alteraram-se por completo: o Estrela foi obrigado a subir no terreno e a atacar com mais unidades; os donos do recinto puderam então gerir a vantagem, descansar com a bola em seu poder, trocando-a no seu meio campo, sem outro intuito que não fosse arrefecer os ânimos de um adversário disposto, finalmente, a correr riscos.
No fim, com espaço para explorar, os encarnados reencontraram a velocidade de Simão, a profundidade ofensiva de Nélson e a veia goleadora de Nuno Gomes. E construíram nessa fase os lances de perigo que lhes faltaram durante toda a partida.
Árbitro
João Vilas Boas (2). Trabalho pobre, sem critério disciplinar e cheio de erros técnicos. No lance do golo anulado a Manu (43’), muitas dúvidas que a bola tenha estado totalmente fora.
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