O Benfica reserva um lugar especial no coração de Ángel Di María, que voltou a ser muito emotivo na hora de falar do clube da Luz. "O que é o Benfica? O Benfica é tudo para mim", começou por responder, em entrevista DSports, em jeito de retrospetiva e antes de fazer revelações sobre o processo de mudança para o Rosario Central.
"Estive nos melhores clubes dos países, graças a Deus, mas o Benfica foi o que me abriu as portas da Europa, o que confiou em mim quando eu não era ninguém e tinha apenas 36 jogos no Rosario Central, isto depois de um Mundial sub-20 em que comecei no banco. Acabei por terminar a prova a titular, mas também me lesionei, e mesmo assim o Benfica levou-me. Fiz as coisas pouco a pouco durante dois anos e ao terceiro acabei por explodir [na Luz]. É um lugar onde me sinto representado. Lisboa é uma cidade pequena como é Rosário, muito parecida até no clima. A adaptação foi muito boa e as pessoas são muito parecidas com as de cá", acrescentou.
As lágrimas das filhas
Foram meses de sofrimento para a família de Di María, que chegou a receber ameaças de morte na Argentina depois de se falar de um possível regresso ao Rosario Central. "A minha filha vinha à noite ao pé de mim, a chorar, e perguntava: 'por que motivo não voltamos?', 'por que nos fazem isto a nós?'. E eu dizia que não sabia. São coisas que quem está de fora não vê. Pensam que dizemos 'não volto e pronto', que estou a fazer um assado, que é tudo lindo. A minha família e eu passámos dois ou três meses horríveis. Estava na Copa América e pensava: 'por que não posso voltar?’. Estivemos quase duas semanas a ver a minha filha chorar porque queria voltar e dizíamos-lhe que não podíamos. Disse-lhe: ‘filha, se não puder voltar a jogar, vou reformar-me e voltaremos a morar em Rosario’. Mas ela queria-me ver jogar também. Era difícil decidir mas no fim tudo deu certo", explicou o jogador, de 37 anos.
Mas há outra revelação curiosa de Di María. "Os meus pais ficaram a saber na noite anterior. Ninguém sabia que eu ia voltar, só eu, a minha mulher, o presidente do Rosario Central e as minhas filhas. Depois cheguei a Rosário e reunimo-nos com a minha família para comer. Foi aí que lhes contei. A felicidade era enorme, eles começaram a chorar. Disse-lhes: 'Eu renasci e assinei o meu primeiro contrato'. Tive a sensação de estar onde queria estar", contou Fideo.
"Estar aqui hoje é magnífico. Conhecem a minha história, o que vivi. Há sempre momentos difíceis na vida, não só para um jogador, mas para qualquer pessoa em qualquer trabalho. Talvez amanhã fiques sem emprego e tenhas que sair à procura de outro... O que aconteceu comigo, que é o que me realiza, é que muitas pessoas não podem trabalhar com o que gostam. Aos meus amigos, digo: 'que bom que tens trabalho'. É difícil alimentar os filhos. É importante lutar pelo que se quer. Muitas vezes as pessoas veem a parte bonita, mas eu esforcei-me como suplente, conquistei o meu lugar, muitas vezes perdi festas, aniversários, não estive com a família. O importante é lutar para levar o pão para casa", acrescentou o ex-Benfica.
Candidato à presidência das águias, que já liderou o clube no passado, aborda a atualidade do futebol português na CMTV
Fideo faz revelações sobre o processo de mudança para o Rosario Central
"O seu perfil e experiência, tanto a nível nacional como internacional, asseguram plena competência para o futuro do Benfica", diz o candidato
Sporting defronta o Alverca no dia anterior, no arranque dos quartos-de-final
Ex-selecionador de Inglaterra continua a ser apontado ao lugar de Ruben Amorim
Ex-jogadores do Manchester United não têm poupado o treinador português
Jackson Irvine vive experiência invulgar no St. Pauli
Demetri Mitchell não precisou de agente e acabou por garantir um salário superior
Afastado das funções de treinador, o alemão de 58 anos continua muito atento ao futebol internacional
Aumenta o tom das críticas ao treinador português em Inglaterra