A Benfica SAD registou um lucro de 18 milhões de euros no primeiro semestre de 2023/24, comunicou esta quinta-feira o clube em comunicado à CMVM, uma margem que representa uma melhoria de 31,4 milhões de euros face ao período homólogo do exercício 2022/23, para o qual contribuiu em muito a transferência de Gonçalo Ramos para o Paris Saint-Germain por 65 milhões de euros + 15 milhões de euros por objetivos.
No comunicado hoje enviado à CMVM, os encarnados informam ainda que o capital próprio do clube corresponde atualmente a um valor de 131,3 milhões de euros, um montante que representa um aumento de 15,9% face ao montante apresentado a 30 de junho do ano transato, de 113,2 milhões de euros.
O clube informa ainda que os rendimentos operacionais atingiram os 106,4 milhões de euros, apresentando assim uma redução de 4,6% face ao período homólogo, em que os rendimentos operacionais eram de 111,5 milhões de euros. Este valor merece algum destaque na nota emitida pelo Benfica à CMVM, por tratar-se do segundo melhor registo alcançado pela Benfica SAD num primeiro semestre.
O ativo também sofreu um aumento em relação do período homólogo. O atual valor corresponde a 573,4 milhões de euros, representando assim um aumentou de 2,8% face aos 557,8 milhões de euros que constavam no exercício anterior. Por outro lado, o passivo diminui. O passivo do Benfica fixa-se nos 442,2 milhões de euros, valor que corresponde a um decréscimo de 0,6% face ao período homólogo.
Já os rendimentos totais aumentaram 41,8%, até aos 180,4 milhões de euros, impulsionados pelos 68,3 milhões obtidos com a transferência de jogadores.
O comunicado do Benfica na íntegra:
"A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD comunicou nesta quinta-feira, 29 de fevereiro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o Relatório e Contas do 1.º semestre do exercício de 2023/24. O resultado líquido do período ascende a 18 milhões de euros positivos, o que representa uma melhoria de 31,4 milhões de euros face a período homólogo do exercício 2022/23.
Os rendimentos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) atingem os 106,4 milhões de euros, o que representa uma redução de 4,6% face aos 111,5 milhões de euros apresentados no período homólogo. Este valor corresponde ao segundo melhor registo alcançado pela Benfica SAD num 1.º semestre, sendo de destacar os crescimentos de 25,6% e 5,7% nos rendimentos com commercial e matchday, respetivamente.
Já os rendimentos totais ascendem a 180,4 milhões de euros, o que representa um crescimento de 41,8% face aos 127,3 milhões de euros apresentados no período homólogo. Esta variação é justificada pelo aumento dos rendimentos com transações de direitos de atletas, que representaram 68,3 milhões de euros no presente semestre, o que significa um crescimento de 453% face aos 12,3 milhões de euros registados no período homólogo.
Por sua vez, o ativo corresponde a um valor de 573,4 milhões de euros, o que reflete um aumento de 2,8% face ao final do exercício anterior, no qual ascendia a 557,8 milhões de euros, sendo esta variação principalmente explicada pelo aumento do saldo das rubricas de clientes e outros devedores e de ativos intangíveis – plantel de futebol –, e pela diminuição da rubrica de caixa e equivalentes de caixa.
O passivo apresenta um valor de 442,2 milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo de 0,6% face ao final do exercício transato, sendo de realçar as diminuições verificadas nas rubricas de outros passivos não correntes e de fornecedores e outros credores correntes.
O capital próprio corresponde a um valor de 131,3 milhões de euros, o que representa um aumento de 15,9% face ao montante de 113,2 milhões de euros apresentado em 30 de junho de 2023, sendo esta variação positiva justificada pelo resultado líquido deste semestre.
O valor do capital próprio a 31 de dezembro de 2023 continua a ser um indicador positivo do desempenho económico e da estabilidade da Sociedade nos últimos exercícios, a qual recuperou um valor acumulado de 155 milhões de euros desde 30 de junho de 2013", pode ler-se.