Capitão totalista lidera defesa europeia de betão

Capitão totalista lidera defesa europeia de betão
• Foto: PAULO CALADO

O ataque ganha jogos, mas a defesa conquista campeonatos... ou a Liga Europa. Pelo menos é esse o desejo do Benfica. As águias preparam-se para enfrentar o Sevilha na final europeia, marcada para quarta-feira, às 19H45, em Turim, sabendo que a zona do terreno em que tem havido maior continuidade é na defesa. Porquê? Os jogadores que formam o quarteto defensivo foram os elementos mais utilizados por Jorge Jesus nesta edição da Liga Europa.

Ora, uma análise à distribuição dos minutos pelo plantel encarnado deixa logo destapado o facto de o sector de menos rotatividade ser a defesa. Isto porque Luisão tem 720 minutos - o capitão é o único totalista -, logo seguido por Garay, Siqueira e Maxi Pereira, todos acima da barreira dos 500 minutos. Curiosamente, o outro acima do meio milhar é um jogador que apenas tem 275 minutos no campeonato: André Gomes.

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Tendo em conta o castigo de Enzo Pérez e a lesão de Fejsa, cresce a possibilidade de o jovem médio das águias e Ruben Amorim formarem parceria no meio-campo encarnado, uma situação que tem sido recorrente nesta Liga Europa. Percebe-se, assim, que a espinha dorsal do onze que Jesus deverá apresentar tem tido rodagem nesta edição da Liga Europa. O único caso que foge à regra é o de Ivan Cavaleiro, isto se o jovem extremo for escolhido para ocupar a vaga que seria de Salvio ou Markovic. É que Cavaleiro fez apenas 8 minutos, todos diante da Juventus, na 1.ª mão das "meias". Ainda assim, se Jesus mantiver a lógica apresentada até agora, irá colocar Sulejmani em jogo, uma vez que o sérvio é o extremo com mais minutos.

Nota de destaque ainda para Gaitán e Lima, dois jogadores que estão previsivelmente nos planos de Jesus para o ataque à final. Entre os 22 utilizados esta temporada, o argentino é apenas o 14.º com mais minutos, enquanto o dianteiro brasileiro é o 15.º, sustentando a ideia de que o técnico das águias poupou as principais armas nos primeiros jogos para privilegiar o campeonato. Mesmo na baliza deverá jogar quem menos tempo de jogo tem, uma vez que Oblak participou em 270 minutos contra os 450 de Artur.

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Lima e Rodrigo de pé quente

Mesmo com a defesa em plano de destaque - apenas 4 golos sofridos no 8 encontros realizados pelo Benfica nesta edição da Liga Europa -, o ataque também tem estado inspirado, com o clube da Luz a ter 14 tiros certeiros festejados. Decisiva para isso foi a dupla formada por Lima e Rodrigo que contabiliza 7 golos (4 para o canarinho e 3 para o hispano-brasileiro). E há que ter em conta o facto de Lima ter somente 279 minutos em campo, contra os 419 de Cardozo, por exemplo, sem golos.

Mas atenção à arma secreta - que já não é secreta para ninguém - das águias no ataque. Luisão e Garay têm sido uma dupla de centrais com faro de avançados esta temporada e também na Liga Europa já festejaram golos, mais precisamente dois cada um, com os lances ofensivos de bola parada do Benfica a poderem assumir contornos decisivos na final de Turim.

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