Sem falar do passado, Ángel Di María explica que as alterações ao nível de segurança pesaram para regressar este ano ao Rosario Central. "Eu já tinha dito ao Gonzalo [Belloso, presidente do clube] na altura: quero vir para jogar e viver. Para sair, para poder fazer coisas, para viver. Não vim para a Argentina para ficar preso", conta o ex-avançado do Benfica, em entrevista ao 'La Nacion'.
Fideo, de 37 anos, tinha planeado voltar ao clube onde se formou e do qual é adepto o ano passado. Contudo, devido à insegurança que se vivia na cidade e a ameaças à família e ele, acabou por renovar pelas águias. O extremo refere que as notícias transitem a ideia de que "as coisas são mais graves do que o que realmente está a acontecer" em Rosário. "O país é como é e temos que aprender a adaptar-nos também", resume.
Di María mostra-se feliz por estar de volta e não esconde a surpresa por ter sido ovacionado em vários estádios. "É muito mais do que eu imaginava. Os jogos fora de casa, contra o Lanús e em Tucumán, foram surpreendentes", conta. "Eu passaria pela mesma coisa de novo, tudo exatamente igual, não mudaria nada desde que a história terminasse assim. Passaria por todas as dificuldades de novo para me sentir tão amado quanto me sinto agora", confidencia.
O desejo de regressar a Rosário era partilhado pela mulher, Jorgelina, e pelas filhas. "Mia é de Madrid e Pía de Paris. Mas os Di Marías nunca negociaram o seu lugar no mundo: Rosário", sublinha. As rotinas e os desejos mudaram. "A Pía, em Portugal, jogava ténis e agora disse hóquei porque os amigos dela vão [para essa modalidade]. Mesmo que tenhamos alguns recursos, nunca deixamos de dizer-lhes que tudo custa dinheiro e de lembrá-las de onde vêm e como foi a infância dos pais delas." Já Mía, com 11 anos, é estrela nas redes sociais: tem 807 mil seguidores no Instagram.
Já Jorgelina é uma guerreira. "Ela é tudo para mim", deixa claro, voltando a contar uma história que remonta à primeira passagem pelo Benfica. "Jorgelina hesitou em ir morar comigo em Lisboa, mas tomou a decisão e viajou. A primeira vez que ela entrou no estádio, ganhámos. Eu marquei um golo pelo Benfica e corri para a zona onde ela estava e desenhei um coração com as mãos. Ela tinha ido por mim. Depois, adotei isso como um ritual e continuei a fazer esse gesto."
Futuro incerto
Com o resto da família por perto, Di María é um ídolo. "No meu bairro, as pessoas já passam e cumprimentam-me. Não é como se estivessem paradas à porta ou se quisessem aproximar para tirar uma foto quando me veem. Foram tantos anos de seleção que as pessoas veem-me e, no início, precisavam até de me tocar, tirar uma fotografia. Eu sou a primeira a entender isso, mas passa e torna-se comum."
O campeão do Mundo garante que continua a desfrutar de ser jogador, ao mesmo tempo que tira um curso de treinador. Mas ainda não sabe o que fará depois de pendurar as chuteiras, sabendo que a vida de quem lidera consome muito tempo. "O jogador treina e volta para casa, enquanto o técnico tem de ficar a assistir a vídeos e dedica-se muito mais. Vou continuar no futebol, mas não tenho certeza. Continuo a ser jogador e, na verdade, não sei o que gostaria de fazer", conclui.
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