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29 outubro

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Di María explica regresso ao Rosario: «Não vim para a Argentina para ficar preso»

Antigo extremo do Benfica partilha felicidade por voltar ao clube onde se formou

A emoção de Di María ao regressar ao Rosario Central
A emoção de Di María ao regressar ao Rosario Central • Foto: Getty Images

Sem falar do passado, Ángel Di María explica que as alterações ao nível de segurança pesaram para regressar este ano ao Rosario Central. "Eu já tinha dito ao Gonzalo [Belloso, presidente do clube] na altura: quero vir para jogar e viver. Para sair, para poder fazer coisas, para viver. Não vim para a Argentina para ficar preso", conta o ex-avançado do Benfica, em  entrevista ao 'La Nacion'.

Fideo, de 37 anos, tinha planeado voltar ao clube onde se formou e do qual é adepto o ano passado. Contudo, devido à insegurança que se vivia na cidade e a ameaças à família e ele, acabou por renovar pelas águias. O extremo refere que as notícias transitem a ideia de que "as coisas são mais graves do que o que realmente está a acontecer" em Rosário. "O país é como é e temos que aprender a adaptar-nos também", resume.

Di María mostra-se feliz por estar de volta e não esconde a surpresa por ter sido ovacionado em vários estádios. "É muito mais do que eu imaginava. Os jogos fora de casa, contra o Lanús e em Tucumán, foram surpreendentes", conta. "Eu passaria pela mesma coisa de novo, tudo exatamente igual, não mudaria nada desde que a história terminasse assim. Passaria por todas as dificuldades de novo para me sentir tão amado quanto me sinto agora", confidencia.

O desejo de regressar a Rosário era partilhado pela mulher, Jorgelina, e pelas filhas. "Mia é de Madrid e Pía de Paris. Mas os Di Marías nunca negociaram o seu lugar no mundo: Rosário", sublinha. As rotinas e os desejos mudaram. "A Pía, em Portugal, jogava ténis e agora disse hóquei porque os amigos dela vão [para essa modalidade]. Mesmo que tenhamos alguns recursos, nunca deixamos de dizer-lhes que tudo custa dinheiro e de lembrá-las de onde vêm e como foi a infância dos pais delas." Já Mía, com 11 anos, é estrela nas redes sociais: tem 807 mil seguidores no Instagram.

Já Jorgelina é uma guerreira. "Ela é tudo para mim", deixa claro, voltando a contar uma história que remonta à primeira passagem pelo Benfica. "Jorgelina hesitou em ir morar comigo em Lisboa, mas tomou a decisão e viajou. A primeira vez que ela entrou no estádio, ganhámos. Eu marquei um golo pelo Benfica e corri para a zona onde ela estava e desenhei um coração com as mãos. Ela tinha ido por mim. Depois, adotei isso como um ritual e continuei a fazer esse gesto."

Futuro incerto

Com o resto da família por perto, Di María é um ídolo. "No meu bairro, as pessoas já passam e cumprimentam-me. Não é como se estivessem paradas à porta ou se quisessem aproximar  para tirar uma foto quando me veem. Foram tantos anos de seleção que as pessoas veem-me e, no início, precisavam até de me tocar, tirar uma fotografia. Eu sou a primeira a entender isso, mas passa e torna-se comum."

O campeão do Mundo garante que continua a desfrutar de ser jogador, ao mesmo tempo que tira um curso de treinador. Mas ainda não sabe o que fará depois de pendurar as chuteiras, sabendo que a vida de quem lidera consome muito tempo. "O jogador treina e volta para casa, enquanto o técnico tem de ficar a assistir a vídeos e dedica-se muito mais. Vou continuar no futebol, mas não tenho certeza. Continuo a ser jogador e, na verdade, não sei o que gostaria de fazer", conclui.

Por Alejandro Panfil. Buenos Aires. Argentina
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