João Pinheiro, advogado que integrou a comissão de revisão de estatutos do Benfica e que integra a lista de Luís Filipe Vieira às eleições de outubro, reagiu este sábado, em comunicado enviado a Record, ao mais recente esclarecimento feito pela Mesa de Assembleia Geral dos encarnados sobre a proposta de Regulamento Eleitoral.
Ao nosso jornal, João Pinheiro sublinhou que o comunicado hoje feito pela MAG só veio "justificar as dúvidas colocadas ontem pela candidatura de Luís Filipe Vieira", mas também "introduzir outras", questionando o porquê de a Mesa do Benfica não revelar os locais onde estarão as secções de voto nas Ilhas e no estrangeiro em caso de rejeição do voto eletrónico - proposta que vai a votos no próximo dia 10 de outubro, 15 dias antes das eleições à presidência.
Leia o comunicado de João Pinheiro na íntegra:
"Este esclarecimento só vem justificar as dúvidas colocadas ontem pela candidatura de Luís Filipe Vieira e introduzir outras, que explicitamos:
i) a Mesa e a Direção já sabem onde funcionarão as seções de voto nas Ilhas e no estrangeiro (em caso de rejeição do voto eletrónico) e não divulgam essa informação, querendo mantê-la reservada até 10 de Outubro;
ii) a Mesa não esclarece que auditoria preventiva está prevista para o sistema de voto eletrónico, nem a participação da comissão eleitoral (e candidaturas) nesse processo de certificação);
iii) a Mesa não se pronúncia - o que se infere ser intencional - sobre a possibilidade de membros da Mesa serem candidatos na recandidatura de Rui Costa - algo impensável e inadmissível face ao Princípio Democrático;
iv) a Mesa não esclarece, como devia, quando vai publicitar o calendário eleitoral e se nessa publicitação vai explicitar os locais onde funcionarão as seções de voto em Portugal Continental;
v) a Mesa não esclarece se vai diligenciar pela elaboração de um regulamento eleitoral revisto antes da AG de 27/9/2025, suprimindo erros e vícios que este contém;
vi) a Mesa esconde-se atrás de um anúncio de uma grande operação logística, mas pode conduzir este processo eleitoral para um grande contencioso judicial, indesejável e inédito na história do Sport Lisboa e Benfica. Tudo porque a Mesa prefere a opacidade e confusão de regras, à transparência, clareza e concertação nas eleições", pode ler-se.