Helton Leite, antigo guarda-redes do Benfica, concedeu uma entrevista à Rádio Itatiaia, do Brasil, onde, entre outros assuntos, falou sobre a 'vaga' de treinadores portugueses naquele país da América do Sul e deixou elogios a Abel Ferreira, lembrando o dia em que, ao serviço das águias, foi eliminado pelo PAOK, que na altura era orientado pelo técnico luso e 'roubou' o lugar dos encarnados na Liga dos Campeões.
"Não tenho acompanhado muito o futebol no Brasil, mas conheço bem o Abel Ferreira. Lembro-me até que, quando estava no Benfica, fizemos uma pré-eliminatória nas provas europeias contra o PAOK [2020] quando o Abel estava lá. Eles destruíram-nos. Eliminaram o Benfica na pré-Champions com uma equipa com menos qualidade do que a nossa", começou por recordar o guardião de 33 anos, que atualmente representa o Antalyaspor, da Turquia.
Questionado sobre o elevado número de treinadores portugueses que têm chegado ao Brasil nos últimos anos, Helton Leite não teve dúvidas e referiu que o impacto de Jorge Jesus, que brilhou ao serviço do Flamengo, foi muito importante.
"Colocou o Flamengo a jogar de uma forma como não se via há muito tempo no Brasil. Logo depois veio o Abel e também teve muito sucesso. Abriram-se as portas para os treinadores portugueses. Em Portugal estuda-se muito mais a tática, o modelo de jogo. Aqui no Brasil, a primeira coisa de um treino é correr até cair para o lado. No Benfica, os treinos eram compostos por 30 minutos de ginásio, campo, um pouco de corrida e treino com bola. Penso que lá [em Portugal] trabalha-se mais. É por isso que uma equipa mais modesta como o Boavista, que quase esteve para descer de divisão, vai jogar com o FC Porto e é um jogo super apertado. Porquê? Porque o Boavista joga com as linhas corretas, bem posicionados, os jogadores sabem o que fazer em campo", explicou, antes de rematar: "Recebia uma avalanche de informação nova sempre que acabava os treinos, precisava de ficar a estudar tudo o que aprendia. É por isso que o jogador português tem uma facilidade muito maior de jogar em qualquer campeonato do mundo. No Benfica, os jogadores tinham que chegar às 7 da manhã, às 7h30 tomavam o pequeno-almoço, às 8h00 tínhamos uma palestra, 8h30 ginásio e às 9h00 treino no relvado. Passado um tempo aprendemos disciplina, futebol e ficamos prontos para qualquer equipa do mundo. E aí percebemos que o jogador brasileiro já feito, quando vai para outro país não está pronto".
Recorde-se que Helton Leite representou o Benfica entre 2020 e 2023, tendo disputado um total de 34 jogos.
Não foi utilizado pela Bélgica
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