"Depois de sair da McDonald's, saio numa situação de independência financeira. Podia ter-me reformado, mas era novo. Então, fiz o que muitos fazem. Investi em património, imobiliário, ações e decidi começar uma atividade de consultadoria. Essa atividade, através da empresa Porta Branca na maioria dos casos, faço porque gosto de desafios novos. E faço-a com empresas, com as quais eu me identifico, com equipas que gosto e projetos que me atraem. Consigo escolher com quem vou trabalhar. Se há uma empresa à qual estou a prestar serviços e tenho uma divergência estratégica, eu saio. Fui Chairman de uma empresa em Londres (a empresa de crepes), da qual saí por não me identificar com os objetivos estratégicos da empresa. A minha atividade de consultadoria não é aquilo que me dá o maior conforto financeiro, mas sim uma vida acumulada como gestor da McDonald's ao mais alto nível. Na quinta-feira, perguntaram-me quais as empresas a quem faço consultadoria. Tenho acordos de confidencialidade com algumas destas empresas. Tive de perguntar aos acionistas destas empresas sobre se podia dar esta informação. Agora vou dar-lhe exemplos de várias empresas. Primeira: TerraFirma, um fundo de investimento no valor de mercado de 52 biliões de euros. Presente em 43 empresas à volta do mundo. Segundo exemplo: uma empresa chamada Footfall, com sede na Noruega e que opera em restaurantes em 4 países da Escandinávia. Faturou 1,6 biliões de euros. Terceiro exemplo: uma holding, a SIBS, da América Central, presente em quatro países. Três empresas de dimensões diferentes. Sou independente e escolho as empresas com quem trabalho. Tinha de consultar os acionistas. Houve acionistas que não me autorizaram, outras autorizaram. Esse valor bastante modesto é o valor que a empresa de consultadoria paga ao gerente, que sou eu. Os valores resultam da Porta Branca."