Toni: «Vencer o campeonato será sempre um dos objetivos»

Toni: «Vencer o campeonato será sempre um dos objetivos»

Toni foi um dos campeões nacionais pelo Benfica em 1974/75 presentes na apresentação da camisola principal para a próxima época, que 50 anos depois replica o equipamento dessa temporada. Depois de salientar a homenagem sobretudo "aos 9 jogadores dessa equipa que já não estão entre nós", a glória dos encarnados mostrou-se otimista para 2024/25. "Quando se está numa equipa como o Benfica, os objetivos são sempre elevados. Veja que o campeonato foi ganho por 5 equipas, sendo que 3 têm dominado. Dentro de algumas indefinições que ainda me parecem existir, a construção do plantel ainda não está definida, mas vencer o campeonato será sempre um dos objetivos. Seja com esta camisola em V ou com outra. Com V ainda melhor porque é de vitória", afirmou Toni, admitindo que a época anterior ficou aquém.

"Nunca devemos fazer da derrota um drama, mas sempre um ponto de partida para saber por que perdeste. Esse é que deve ser o objetivo de análise profunda que deve ter sido feita depois de uma época em que o Benfica ficou em 2.º. Citando Eriksson, ser 2.º é ser o último no contexto do Benfica. Importante é fazer uma análise sobre aquilo que aconteceu na época e que não levou aos objetivos traçados no início", considerou o treinador, apontando o que falhou. "A equipa não foi tão consistente como foi na época anterior, sobretudo naquelas primeiros 4 meses de Roger Schmidt, onde colocou em campo a pressão alta, a reação à perda, o controlo do jogo através da posse."

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Questionado sobre a agitação que se vive na Luz, com a saída iminente de Luís Mendes, Toni jogou à defesa. "Não foi preciso o 25 de abril para o Benfica ser um clube democrático. Penso que ao longo da história, com momentos mais ou menos conturbados, as pessoas souberam sempre estar à altura daquele que teve a melhor ideia do desporto em Portugal no século XX, que foi a fundação do Sport Lisboa e Benfica. Quem está hoje à frente dos destinos dos órgãos sociais saberá estar à altura desse momento histórico", frisou numa clara demonstração de confiança em Rui Costa.

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Muito se tem falado do interesse de alguns tubarões em António Silva e João Neves. Perante a questão de qual deles não gostaria de ver sair, Toni foi direto. "O mercado dita as suas leis. Este ano penso que só deve mexer em Inglaterra pois em Espanha aquilo não anda famoso. O Real Madrid está servido, o Barcelona está teso. Os outros mercados são muito cirúrgicos e as cláusulas de rescisão desses jogadores não são fáceis de bater", defendeu, acrescentando: "Espero que sejam titulares e façam um grande Europeu." 

Já que se fala de Europeu, o antigo internacional português revela as suas expetativas. "Enquanto adeptos somos uma espécie de elevador, tanto estamos no R/C como de repente subimos para o 8º andar. Há 4 ou 5 dias tínhamos descido ao R/C [derrota com a Croácia] mas já subimos de novo. Há um leque alargado de jovens e não jovens talentosos, há aqui uma mescla. A Seleção tem sabido fazer essa regeneração ao longo destes 20 anos em que temos presenças contínuas em Europeus e Mundiais. Isso dá um capital de confiança que permite entrar no naipe dos candidatos, que são 4 ou 5", considerou, fazendo uma distinção. "Ponho mais Portugal no lote de candidatos do que favoritos. Esses para mim são a Inglaterra, que é sempre uma seleção fortíssima; a Alemanha jogando em casa é um trunfo a ter em conta; a França mesmo empatando em casa com o Canadá; e nunca podemos deixar a Espanha de fora. Depois há sempre um 'outsider' e aponto a Croácia, que também tem um grupo de jogadores de excelente qualidade", explicou.

Por Nuno Martins
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