Vieira acusa Rui Costa de"gestão ruinosa": «O legado do atual presidente é o bicampeonato do Sporting»

Luís Filipe Vieira
• Foto: Miguel Lemos/Movephoto

Luís Filipe Vieira disparou hoje em várias frentes. Num jantar com apoiantes em Lisboa, o ex-presidente e candidato à liderança do clube da Luz visou Rui Costa, o "candidato João Lopes", referindo-se a Noronha, e referiu-se ao que disse ser "uma frente de radicais". Com as eleições à porta, o dirigente voltou a endurecer o discurso.

"O legado do atual presidente é o bicampeonato do Sporting. O Benfica não tem hoje uma gestão desportiva competente. São erros atrás de erros. O nosso rival, que não ganhava há décadas, conquistou dois campeonatos seguidos… sob este mandato", atirou o líder lista E, perante 500 convivas.

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O empresário, de 76 anos, não tem dúvidas de que o Benfica vive "um dos momentos mais difíceis" da sua história. "Gastámos centenas de milhões… para conquistar apenas um campeonato. Foram 500 milhões investidos para ganhar apenas quatro títulos em 16 possíveis. Hoje, somos um clube à deriva. Não ganhamos em Portugal, nem ganhamos na Europa. Onde está o projeto europeu prometido pelo atual presidente? Estamos em outubro, com três jogos na Champions League… e zero pontos. Isto não é o Benfica. Isto é o Benfica do 'nada sabe, nada viu, nada ganha'”.

Para Vieira, o problema dos encarnados não são os treinadores. "Com o atual presidente, voltámos à instabilidade - seis treinadores em quatro anos e meio. Apenas um desses seis foi campeão… e foi despedido com uma indemnização milionária à quinta jornada da época seguinte. Despedir dois treinadores à quinta jornada em épocas consecutivas é sinal de má gestão desportiva e financeira. Diz muito da competência do atual presidente."

Sem querer comentar a derrota com o Newcastle e o conflito entre Rui Costa e o empresário Paulo Rodrigues, deixou no entanto uma garantia. "agente FIFA Paulo Rodrigues. "Comigo não vai entrar uma camioneta de jogadores como entrou este ano", prometeu.

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Radicais infiltrados

Vieira fez mais alertas. "Estamos perante outro perigo - uma frente de radicais quer dominar o Benfica. Lembrem-se da última assembleia geral. Esses radicais estão infiltrados em duas candidaturas. Vejam o que aconteceu com os nossos rivais. Não podemos deixar que isso aconteça no Benfica. Eu sou o único candidato capaz de impedir essa frente radical", observou.

Depois, atirou na direção de Noronha Lopes. "O Benfica precisa de um líder forte. Não pode cair nas mãos de radicais nem de um líder fraco que se limita a dizer, com arrogância, que é 'rico'. Esse candidato João Lopes, deveria respeitar mais os benfiquistas, que, com sacrifício, pagam quotas e acompanham a equipa. Estamos noutros tempos. Hoje, só dirigentes com coragem e competência podem resolver os problemas do Benfica."

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Vieira manteve a mira apontada a Noronha. "João Lopes só tem para apresentar andar a dizer que é 'rico', mas na verdade não tem condições para ser presidente. Não é um líder forte. O candidato João Lopes é muito fraco emocionalmente. E a gente que o acompanha não tem qualidade para gerir o futebol do Benfica.  Recordo aos mais jovens que o candidato João Lopes passou rapidamente pelo Benfica em 2001… e fugiu. Demitiu-se com medo dos problemas. Foi contra a construção do nosso estádio. Não acreditava no futuro do Benfica. Por mais que agora finja ter coragem, o candidato João Lopes não vai conseguir enganar a maioria dos benfiquistas."

Afastado da liderança do clube em 2021, depois de ter detido e constituído arguido na operação 'Cartão Vermelho, Vieira lembrou a obra feita e explicou a candidatura. "Não podia ficar em casa, no sofá, a ver o Benfica paralisado, sem projeto, sem futuro", disse, reiterando um objetivo: "Com uma gestão desportiva competente, vamos conquistar muitos títulos. O meu objetivo é claro: iniciar a conquista de um novo tetra e, depois, lutar pelo inédito penta."

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Apelando ao voto, Vieira dramatizou o discurso. "Não podemos deixar que uma minoria ruidosa mande no Benfica. O Benfica é de todos os benfiquistas — do norte ao sul, nas ilhas, e no estrangeiro. Aos sócios que nunca votaram, façam um esforço. Vão votar deste vez. O futuro do Benfica precisa do vosso voto. Aos indecisos, lembrem-se que o Benfica é do povo. E eu sou o candidato que representa o povo benfiquista", concluiu.

Por Duarte Gomes
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