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Filipe Martins: «Projeto era colocar o Casa Pia na 1ª Liga em três anos. Conseguimos ao segundo»

• Foto: José Gageiro/Movephoto

Na sequência da subida de divisão do Casa Pia, Filipe Martins falou aos jornalista, ainda no relvado do Estádio do Mar, abordando o projeto do clube, a temporada e aquilo que se pode esperar do clube na 1ª Liga.

Projeto: "Isto é o culminar de um projeto que começou, curiosamente, aqui há dois anos atrás, no dia 14 de setembro de 2020, onde se anteviam muitas dificuldades, mas que sabia, quando aceitei o projeto, que me tinha aliado a um clube com uma história fantástica, com um passado e presente, na altura, bastante fiável e que se aliou a um investidor que acreditou no clube e viu aqui o muito potencial que havia. O que me propuseram foi colocar o Casa Pia, em três anos, na 1ª Liga. Aconteceu ao segundo, o que é ótimo, voltarmos depois de tanto tempo. É um clube que vai trazer uma lufada de ar fresco em muitos aspetos. Estou muito feliz, principalmente pelas pessoas que estão ali na bancada, que só vivem o clube e se calhar nunca imaginaram viver este dia. Liderei um grupo que vai ficar para a história, mas temos de perceber que também tivemos muita gente a trabalhar para nós, que nunca deixou que faltasse nada ao projeto, juntando um grupo de jogadores que, além da grande qualidade técnica, também tiveram a capacidade de se unir como família, mesmo quando alguns duvidaram e acharam que nós íamos ceder."

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Casa Pia já tem estrutura para ficar na 1ª Liga com consistência? "Não tenho dúvidas nenhumas de que estamos muito bem organizados. Vamos ter algumas obras por fazer nos primeiros meses, mas isso está relacionado com a transformação que o clube terá de ter. No meu segundo jogo, fomos goleados em casa por 6-0 e toda a gente achava que não íamos dar a voltar. Este clube vai dar a volta, está a modernizar-se todos os dias. Claro que terá de haver uma readaptação, mas tenho a certeza que vai dar uma resposta positiva."

Festejos: "Espero ter ainda mais gente à espera em Lisboa. Temos de desfrutar deste momento o maior tempo possível e depois, a partir da próxima semana, pensar no que aí vem. Agora é festejar esta subida, porque é fantástico. Sentimo-nos abençoados por estar aqui. Este ano tive muitas vezes tempo para pensar e quero agradecer à minha família todo o apoio, à minha entidade patronal e aos meus jogadores que nunca deixaram que a ordem, o respeito e a organização deixassem de imperar no balneário."

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Correr por fora: "Andamos sempre um pouco camuflados na luta pela subida de divisão, porque sabíamos que podíamos pagar caro essa fatura. Muitos dos jogadores que estão agora a festejar vieram da 3ª Liga, nunca tinham jogado em ligas profissionais, trouxemos jogadores com experiência para eles poderem crescer, mas sabíamos que era um grupo heterogéneo. Havia jogadores dentro do balneário que queriam muito a pressão e que assumíssemos a candidatura e havia outros que sempre que apertávamos em termos de responsabilidade, tinham mais dificuldades. Fomos andando, sempre caladinhos e humildes, e acabámos por conseguir. Há que dar os parabéns o Rio Ave pelo título de campeão. Num campeonato de 34 jornadas, quando se ganha, só pode ser por mérito."

Quando percebeu que podia lutar pela subida? "O jogo que nos dá o ‘clique’ que podemos lutar pela subida, penso que foi quando ganhámos na Madeira ao Nacional, virando o resultado. Dentro do balneário, mesmo nos momentos menos positivos, nunca senti o grupo perdido, esteve sempre focado. Mas essa vitória em casa de um rival fez a equipa perceber que podia ganhar a qualquer adversário."

Por Marques dos Santos
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