A referência que faltava na mobilidade de McCarthy

A referência que faltava na mobilidade de McCarthy
• Foto: Manuel Araújo

MOBILIDADE, rapidez, astúcia e decisão na hora de visar a baliza. McCarthy apresentou todos os seus argumentos no jogo de Paranhos, fazendo até pensar em mudanças tácticas nos dragões para potenciar melhor as suas qualidades.

O FC Porto que jogou com o Salgueiros foi muito mais um 4x4x2 do que o habitual esquema que contempla três avançados, dois deles extremos bem abertos nos corredores. Em Vidal Pinheiro, não houve extremo-esquerdo e foi na esquerda onde surgiu McCarthy, rapidíssimo, para fazer os seus dois golos. Isso só foi possível porque Capucho também não se limitou a fazer o seu corredor, "pegando" no jogo perante a ausência de Deco e surgindo muito perto de Benni.

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A verdade é que o sul--africano nunca tinha sido tão decisivo como aconteceu em Paranhos, o que se pode explicar pela evidência de que não é um denominado avançado de área. Bem pelo contrário, pois quando surge dentro da área já vem quase sempre embalado e pronto para rematar.

E da sua mobilidade a equipa tira muito partido, como ficou provado com a dinâmica ofensiva que apresentou com os salgueiristas. O FC Porto também ganhou ao Benfica e ao V. Setúbal com ele a titular, mas sem a mesma influência que foi visível em Paranhos. E é a questão que fica para resolver por José Mourinho.

O treinador tem sempre optado por trocar avançado por avançado e basta referenciar que, sempre que fez sair McCarthy do campo, entraram Pena (com o Benfica) e Hélder Postiga (em Setúbal e em Vidal Pinheiro).

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Mas o jogo de anteontem e a falta de uma opção credível em regularidade exibicional para o lado esquerdo, podem valer a mudança táctica. Falta saber se entra Postiga (eleito para a Liga dos Campeões onde McCarthy não pode jogar) ou se Capucho passa a ter muito mais liberdade nas suas movimentações.

De remate fácil, com potência e colocado, Benni até não se importa de chutar de “bico” (3º golo) porque aceita o golo como o mais determinante e está a tornar-se a referência atacante que faltava ao FC Porto, fruto da sua grande mobilidade e capacidade de desmarcação.

Decisivo ao 5.ºjogo

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APESAR de ter chegado às Antas em Dezembro, Benni McCarthy só fez em Paranhos o seu quinto jogo com a camisola do FC Porto. Antes de partir para a Taça de África, teve tempo para a estreia, em Viseu, num jogo da Taça, onde marcou um golo. Na I Liga, a estreia foi com o Benfica, seguindo-se o jogo em Setúbal. Com o Beira-Mar, a estreia a marcar no campeonato e o primeiro jogo completo não impediram a derrota da equipa, mas com o Salgueiros a sua acção foi decisiva.

Discreto na CAN

PINTO da Costa foi a Vigo dizer a McCarthy que contava com ele para resolver os problemas de finalização do FC Porto e o jogador ficou encantado com tamanho exemplo de confiança no seu valor. Disse até que abdicava da sua participação na CAN, mas acabou por partir para o Mali no meio de alguma polémica. Com a federação sul-africana a fazer valer a sua vontade e Carlos Queiroz os seus princípios. Mas, como a selecção, o avançado teve uma participação discreta – apenas uma assistência para golo.

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Passe vale 6,2 milhões de euros

NO ACORDO de empréstimo que o FC Porto firmou com o Celta de Vigo ficou logo estipulado o valor que os dragões têm de pagar para fazer accionar a cláusula de opção para a compra do passe do sul--africano. E Benni vale 6,2 milhões de euros (cerca de 1 milhão e 250 mil contos), quantia a ser paga no final da época. Já foi público o interesse dos responsáveis portistas em contar com McCarthy para a próxima temporada. Seria um desejo de José Mourinho, mas também é verdade que ainda ninguém assumiu isso de forma oficial. Mas os dragões devem avisar o Celta de Vigo da sua decisão até ao dia 30 Junho, quando termina o contrato de cedência vigente entre as partes.

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