André Villas-Boas: «Ninguém quer o FC Porto nas mãos dos seus credores»

• Foto: José Gageiro/Movephoto

André Villas-Boas encontra-se numa ação de campanha em Felgueiras e já manifestou a sua preocupação relativamente à situação financeira do FC Porto. O candidato à presidência do clube recordou aos sócios e adeptos dos dragões que é precisa uma rápida intervenção para resolver a questão do passivo.

"A área financeira é uma área onde nos encontramos numa situação limte, tenho consciência do que se passa no FC Porto, muita da nossa perda de capacidade desportiva tem a ver com a nossa incapacidade financeira e um arrastar da nossa condição financeira até ao limite. O FC Porto tem 500 milhões de euros de passivo tem 310 milhões de euros de dívida financeira, antecipa receitas naturalmente para poder operar no seu dia a dia. Temos cada vez mais de recorrer a antecipação de receitas, a juros que cada vez  mais comprometem a sustentabilidade financeira a longo prazo, porque são juros caros. Temos de ser mais criteriosos na reestruturação da nossa dívida, atingir novas parcerias comerciais e começar a olhar para a nossa sustentabilidade financeira, porque senão podemos cair enquanto clube de associados e ninguém quer o FC Porto nas mãos dos seus credores, mas 510 milhões de passivo representam que o FC Porto deve a muitos clubes, a muitos agentes e tem que se encontrar e reestruturar a sua dívida financeira e o seu passivo", começou por referir André Villas-Boas.

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Formação

"Na área da formação é preciso uma metodologia de formação centralizada, baseada no rigor, na criatividade e na excelência técnica do jogador português. A área do scouting é uma área onde iremos apontar um novo diretor de souting, porque é uma área onde achamos que temos de ter muito mais criteriosos na escolha e no planeamento do futuro das equipas, dos plantéis, não só da equipa principal, como da B e da formação, é uma área onde irei introduzir um novo diretor do scouting, que acompanhará mais tarde o diretor desportivo, todas essas áreas são o coração do FC Porto, é uma área na qual estou confiante relativamente ao futuro."

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Devolver o clube aos associados

"Saudades de nos deslocarmos em família ao Estádio das Antas, com aquele sentido de pertença, de associativismo. Os sons eram outros, a alegria era outra, que saudade e nostalgia trazem esses tempos e são esses tempos que é importante recuperar. O futebol moderno evoluiu para uma área mais industrial, comercial, de negócio, e isso pode estar presente enquanto clube de proprietários, mas não num clube de associados. Esse sentido de pertença tem de voltar. As casas devem ser valorizadas, têm um papel fundamental a jogar no futuro do FC Porto, no seu crescimento. Tudo isto, com todos os associados, é o futuro do FC Porto."

Por Record
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