O FC Porto teve encargos adicionais relacionados aquisições semelhantes entre as temporadas 2023/24 e 2024/25. Curiosamente a diferença acabou por ser feita, em grande parte, pela contratação de Martín Anselmi, em janeiro, assim como William Gomes e Tomás Pérez.
A saber. Em 2023/24, o FC Porto teve um total de encargos adicionais com aquisições de 5,2 M€, relacionados com as compras de Otávio (1,2 M€), Alan Varela (1,2 M€), Nico González (1,1 M€) e outras compras de menor valia (1,7 M€). Ora, no exercício mais recente, o valor equiparado subiu 500 mil euros, para 5,7 M€, através de Samu (2,7 M€), Gabri Veiga (1,25M€) e outras operações (970 mil euros). A subida aconteceu em janeiro, com 409 mil euros relativos a Martín Anselmi, 317 mil euros de William Gomes e 93 mil euros na compra de Tomás Pérez.
Relativamente ao valor contabilístico do plantel, o mesmo subiu de 102,7 para 118,8 M€, sendo que o número de ativos também aumentou de 43 para 56. Destes, 15 têm um valor atribuído de mais de 2 M€, em comparação com os 12 do exercício anterior.
Já na rubrica de clientes relacionados com transações de passes, na prática valores a receber por vendas e valores associados, a principal alteração prende-se com o timing dos pagamentos. De 6,7 M€ em verbas correntes, a sociedade passou para 61,3 M€, verificando-se a situação oposta no parâmetro não corrente, de 19,2 M€ para 5,7 M€.
Em sentido inverso, os valores devidos a fornecedores relacionados com transações de passes, sobretudo clubes e agentes, acentuaram-se no passivo não corrente, de 27,2 para 51,2 M€, com o corrente a baixar de 92,6 para 67,1 M€. Em 2024/25 os principais credores foram: Gestifute, de Jorge Mendes (15,2 M€), Al Ahli Jeddah (14,9 M€), At. Madrid (14,2 M€) e Barcelona (13,3 M€).
Recuperando a rubrica de fornecimentos e serviços externos, que teve uma quebra de cerca de 10 M€, percebe-se pelas contas apresentadas que baixaram, sobretudo, as rubricas de 'trabalhos especializados' (de 17 M€ para 8,8 M€), 'subcontratos' (7,2 M€ para 6,5 M€), 'direitos de imagens de atletas (6,7 M€ para 3,8 M€), 'conservação e reperação (3 M€ para 1,4 M€) e 'despesas de representação (de 1 M€ para 202 mil eutos). Em contraponto, subiram sobretudo 'rendas e alugueres (1,6 M€ para 3,2 M€) e 'comunicação' (795 mil euros para 1,4 M€).
Por fim, no que diz respeito aos custos com pessoal, as remunerações dos órgãos sociais baixaram de 2,6 M€ para 660 mil euros; as de atletas/técnicos de quase 63 M€ para 53 M€; a de 'pessoal' aumentou de 9,7 M€ para 13,5 M€. Na globalidade os encargos sobre remunerações baixaram 1 M€.